"Decisão histórica" da autarquia de Braga suspende PDM na área das Sete Fontes

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Porto Canal / Agências

Braga, 09 (Lusa) - A Câmara de Braga aprovou hoje, por unanimidade, a suspensão do Plano Diretor Municipal (PDM) para a envolvência das Sete Fontes, medida que o presidente apela de "histórica" e diz ser a "primeira real decisão" de defesa daquele monumento.

Na habitual conferência de imprensa após a reunião do executivo municipal, o presidente social-democrata Ricardo Rio explicou que a suspensão do PDM, por um período de dois anos, visa a "salvaguarda do complexo" e corrigir um "erro crasso" do anterior executivo, pelo que anunciou a elaboração de um Plano Salvaguarda.

Sobre a questão das Sete Fontes, na conversa com os jornalistas, o vereador da CDU, Carlos Almeida, saudou a proposta da Coligação Juntos por Braga. Acusou, no entanto, os vereadores do PS, de terem tomado agora uma "decisão politica" ao votarem favoravelmente à referida proposta uma vez que o "podiam ter feito" quando eram maioria na autarquia.

"É uma decisão histórica porque é a primeira vez que há uma real decisão do município, e friso aqui o real porque uma coisa é um conjunto de intenções enunciadas e outra é um conjunto de decisões concretas, que visa proteger o complexo eco monumental das Sete Fontes da especulação imobiliária que está inerente a muito dos terrenos em que ele está instalado", defendeu Ricardo Rio.

A proposta aprovada estipula que o PDM seja suspenso, até dois anos, período durante o qual não poderão ser licencias construções ou alterações na área circundante ao monumento.

No atual PDM, que se encontra em revisão, parte dos referidos terrenos estão classificados como urbanizáveis, classificação esta que levou a atual maioria no município a apresentar a referida proposta.

"Não queremos que o Hospital de Braga [situado próximo do parque das Sete Fontes] seja um pretexto para novos tráfegos de atravessamento e urbanização, como estava até agora inscrita a possibilidade, se não fosse feito nada por parte da Câmara Municipal de Braga [CMB]", explicou o vereador Miguel Bandeira, autor da proposta.

Assim, apontou Bandeira, "está dado o primeiro passo para proteger efetivamente o complexo".

Quanto à possibilidade de haver proprietários que possam ter de ser ressarcidos com a alteração do PSD naquela área, Rio e Bandeira afirmaram que a "CMB está aberta a conversações para que tudo seja resolvido em bons termos".

Apesar da decisão consensual, Carlos Almeida deixou críticas aos vereadores do PS acusando-os de agora votarem favoravelmente a esta medida, algo que podiam ter tido a iniciativa de aprovar quando foram executivo.

"Agora votaram sim. É uma decisão política e que clarifica aquilo que foram as opções do passado", acusou o vereador comunista.

Hugo Pires, que hoje liderou a conferência de imprensa do PS, não deixou de responder ao vereador do PCP.

"Se o Carlos Almeida estivesse estado presente no debate sobre as Sete Fontes de há uns meses perceberia que havia ainda trâmites a fazer e que faltava ainda conhecer o resultado de alguns estudos", respondeu.

Classificada como Monumento Nacional e com mais de 600 anos de existência, o parque das Sete Fontes estende-se por cerca de 62 hectares e o executivo pretende ali criar uma área de lazer com cerca de 41 hectares.

JYCR // JGJ

Lusa/fim

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