Petição reclama redução de 30% no preço do gás e da eletricidade na Guarda
Porto Canal / Agências
Guarda, 02 dez (Lusa) - Mais de 1.300 pessoas já subscreveram uma petição na internet que propõe a redução de 30% nas faturas do gás e da eletricidade dos residentes no distrito da Guarda, durante os meses de inverno, foi hoje revelado.
A autora da petição, Gisela Fernandes, residente na Guarda, disse hoje à agência Lusa que está "muito satisfeita" com a adesão das pessoas, o que "demonstra o quanto a população da Guarda está unida em termos de linha de pensamento".
Gisela Fernandes contou que decidiu criar a petição por considerar que "a Guarda merece uma especial atenção no que diz respeito às energias usadas para aquecimento durante o inverno".
"É algo em que tenho vindo a pensar desde há alguns anos. Em conversas com amigos, descobri que também eles achavam o mesmo. Qualquer pessoa que acompanhe as previsões meteorológicas sabe que ultimamente a Guarda tem sido alvo de temperaturas baixíssimas", disse.
A promotora do documento referiu que "já muita gente tinha refletido" sobre o assunto mas, "simplesmente, ainda ninguém se tinha lembrado de tomar a iniciativa" de avançar com a recolha de assinaturas.
A petição, disponível em http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT71597, destinada à presidente da Assembleia da República, é justificada por a região da Guarda ser caracterizada por invernos "muito rigorosos" e frios.
"Para que as casas possam ser aquecidas é necessário consumir o triplo do gás e da eletricidade em comparação com aquilo que se consome na grande maioria das regiões do país", é assinalado no documento consultado pela Lusa.
Acrescenta que "os elevados preços cobrados pelas entidades exploradoras destas energias fazem com que muitas pessoas poupem ao máximo no aquecimento e vivam sem as condições mínimas de conforto durante os curtos dias de inverno".
Assim, é proposto "que seja feita uma redução de 30% nas faturas do gás [natural e butano] e da eletricidade, a todos os cidadãos residentes no distrito da Guarda, durante os meses em que esteja em vigor o horário de inverno".
Gisela Fernandes disse à Lusa que quando criou a petição até pensou "mais nas crianças e idosos do distrito", referindo que "a maioria da construção guardense não está preparada para suportar as temperaturas negativas".
"As pessoas têm deixado comentários, a par da assinatura, e há muitas a declarar que, de facto, é impossível ter um ambiente confortável dentro de casa, porque isso implicaria elevadas contas de gás e eletricidade para pagar e tal, simplesmente, não pode acontecer, porque não há dinheiro para isso", acrescenta.
Segundo a autora da petição, "algumas pessoas referem que têm três e quatro filhos e que, para elas, mantê-los num ambiente aconchegante seria um luxo ao qual não se podem permitir".
A petição ficará 'online' "enquanto houver gente a assinar", acreditando que "até ao fim do ano esta já tenha sido bem divulgada" e assinada pelos interessados.
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