O bastonário da Ordem dos Médicos considerou hoje as urgências como o "maior cancro" do Serviço Nacional de Saúde (SNS), lamentando que ao longo dos anos nada se tenha feito para mudar este panorama.

Miguel Guimarães falava aos deputados da comissão parlamentar de Saúde numa audição sobre o funcionamento do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Apesar de reconhecer problemas crónicos do INEM, como a falta de recursos humanos, o bastonário da Ordem dos Médicos lembra que são problemas restritos ao instituto.

A propósito, considerou o caso do serviço de urgência médica em Portugal como o mais problemático: " o maior cancro do nosso SNS é o serviço de urgência".

"É o mesmo problema há dezenas de anos e nada se faz para mudar", lamentou Miguel Guimarães, considerando que a situação se mantém por ser "mais barato" do que fazer uma verdadeira reforma.

Agrupamentos de centros de saúde abertos mais tempo ou com mais autonomia são algumas das propostas que o bastonário avança para tentar melhorar o sistema da urgência médica em Portugal.

"A emergência não funciona sozinha e está muito ligada à urgência", lembrou Miguel Guimarães durante a audição sobre a situação do INEM, que foi solicitado pelo PSD.