Assembleia Municipal de Braga termina sem deputados do PS e independentes

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Porto Canal / Agências

Braga, 23 nov (Lusa) - Os deputados do PS e do Cidadania em Movimento (CEM) à Assembleia Municipal de Braga abandonaram os trabalhos na primeira sessão da "nova era", acusando a mesa de "inexperiência" e a nova maioria de direita de "tiques autoritários".

O incidente aconteceu depois de a mesa não ter aceitado um voto de protesto apresentado pela bancada socialista, na sequência da discussão do primeiro ponto da agenda, relativo às novas taxas de derrama, decorriam duas horas de plenário.

Em declarações aos jornalistas no final da sessão, que chegou a ser interrompida, tendo depois prosseguido apenas com os deputados do PSD, CDS, PPM e CDU, a presidente daquele órgão, Hortense Santos, afirmou que "tudo correu com normalidade", enquanto PSD e CDS acusaram os socialistas de "mau perder", de fazerem "birra" e terem uma atitude que "em nada dignifica" um órgão autárquico.

"Lamento que a situação se tenha criado. É a primeira vez em tantos anos de AM. A nossa postura não podia ser outra, porque nós fomos, de um ponto de vista de funcionamento da assembleia, autenticamente agredidos", declarou o líder do grupo do PS, Marcelino Pires.

A "confusão" deu-se aquando da votação das propostas, do executivo camarário, do PS e da CEM, sobre a alteração do regime da derrama que a mesa colocou em votação como sendo alternativas entre si, com socialistas e independentes a discordarem, pois defendiam que a proposta do CEM não devia ser classificada como alternativa e devia ser votada de forma independente das restantes.

"A ser feita alguma votação em alternativa era a proposta da Câmara e do PS, porque a nossa tinha apenas a ver com o montante, nunca poderia ter sido colocada com as outras duas. Foi uma estratégia para dividir votos. Não foi transparente", acusou o líder parlamentar independente, Carlos Silva.

Finda a votação, com a aprovação da proposta do executivo camarário, liderado pela coligação PSD/CDS e PPM, os socialistas quiseram apresentar recurso, o que lhes foi recusado, tendo por isso Marcelino Pires pretendido apresentar um voto de protesto, também este recusado.

"Uma mesa absolutamente inexperiente. Depois, do ponto de vista político, é de destacar a postura agressiva, de tiques autoritários, que foi evidenciada por parte de alguns elementos do PSD", apontou o líder na AM do PS.

Para o líder parlamentar do PSD, João Granja, os deputados do PS e da CEM deram um "péssimo sinal" para a legislatura: "É um exemplo de mau perder e quando o resultado não agrada tomam as ações como aquelas que foram tomadas".

No mesmo sentido reagiu o CDS/PP, que acusou os deputados que abandonaram os trabalhos de "não dignificarem" a Assembleia Municipal.

"Não levaram as suas propostas avante. Creio que o facto de não terem sido vencedores os deixou incomodados e numa birra de mau perdedor saíram de cena", disse o líder dos populares.

Confrontada com a forma como decorreu aquela que foi a primeira Assembleia Municipal a que presidiu, Hortense Santos não considerou estranho a reunião ter acabado sem a presença de dois grupos políticos.

"A assembleia decorreu dentro do normal. As pessoas tiveram uma opinião diferente e manifestaram dessa forma. Penso que abandonar não é a melhor solução", declarou.

JYCR // PNE.

Lusa/Fim

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