Almaraz: Espanha considera visita a central nuclear foi "um primeiro passo"

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Porto Canal com Lusa

Madrid, 27 (Lusa) -- O Governo espanhol considerou que a visita à central nuclear de Almaraz realizada hoje foi "um primeiro passo de comunicação e coordenação" com as autoridades portuguesas, para conhecer, "em primeira mão", o estado das obras do armazém de resíduos nucleares.

"O objetivo foi informar sobre as medidas de segurança e de proteção do meio ambiente do futuro Armazém Temporário Individualizado (ATI)", resume o Ministério da Energia espanhol num comunicado de imprensa divulgado em Madrid no final da visita.

Delegações com técnicos portugueses, espanhóis e da Comissão Europeia visitaram hoje a central nuclear de Almaraz depois de um acordo assinado entre os dois países com a mediação do executivo comunitário.

A delegação portuguesa foi chefiada pelo presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Nuno Lacasta, a espanhola pela diretora-geral da Política Energética e Minas, Teresa Baquedano, e pelo diretor-geral da Qualidade e Avaliação Ambiental e Meio Natural, Javier Cachón, e a da Comissão Europeia pelo assistente do presidente da instituição, o português Telmo Baltazar.

O Ministério da Energia espanhol recorda que no acordo entre Portugal e Espanha, Madrid comprometeu-se a informar "a todo o momento sobre os detalhes do projeto de construção do ATI da central" nuclear "no prazo de dois meses".

A Comissão Europeia anunciou na passada terça-feira que os governos de Portugal e Espanha tinham alcançado uma "resolução amigável" para o litígio em torno da central nuclear de Almaraz, com Lisboa a retirar a queixa apresentada a Bruxelas.

Em 16 de janeiro último, Portugal apresentou à Comissão Europeia, em Bruxelas, uma queixa relacionada com a decisão espanhola de construir um armazém de resíduos nucleares em Almaraz sem avaliar o impacto ambiental transfronteiriço.

O Governo português defendeu que, no projeto de um armazém de resíduos junto à central nuclear de Almaraz, "não foram avaliados os impactos transfronteiriços", o que está contra as regras europeias.

FPB (CAYC/EA/FC) // JMR

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