Ministério das Finanças satisfeito com manutenção de 'rating' pela Fitch

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 03 fev (Lusa) -- O Ministério das Finanças reagiu hoje com satisfação à decisão da agência de notação financeira Fitch de manter o 'rating' e a perspetiva da República Portuguesa estável.

"Apraz-nos registar o aumento de confiança da agência na diminuição dos riscos macroeconómicos", reagiu o Ministério de Mário Centeno, em nota enviada à agência Lusa.

Àquele aumento, salientou o Ministério, "não é estranha a consolidação orçamental -- com um défice global seguramente inferior 2,3% do PIB -- e a preocupação em criar as condições de sustentabilidade da dívida pública -- com um excedente primário superior a 2% do PIB".

Por outro lado, destaca ainda o texto, "os riscos para os quais alerta a Fitch advêm principalmente da componente externa", o que levou o Governo a acrescentar que "a estabilidade política (...) em Portugal e a capacidade das empresas portuguesas diversificarem os seus mercados mitigam riscos exógenos à economia portuguesa".

O comunicado termina com a garantia de que "o Governo está determinado na estabilização do setor financeiro" e com a consideração de que "o Orçamento do Estado para 2017 respeita os compromissos do Estado com credores e instituições internacionais e favorece o crescimento económico e a criação de emprego, contribuindo para um aumento da confiança na economia portuguesa".

A Fitch manteve hoje a nota atribuída a Portugal em BB+, acrescentando a consideração de estável para a perspetiva, conforme comunicado emitido em Londres.

"O rating da dívida pública de Portugal é suportado por instituições robustas, um forte ambiente empresarial e um dos maiores rendimentos per capita na categoria BB", justificou a agência de notação financeira.

Porém, acrescentou que estes fatores eram contrabalançados por "elevados níveis de endividamento público e privado, um fraco desempenho no crescimento e problemas herdados no sistema financeiro".

A Fitch salientou também que a economia recuperou no segundo semestre de 2016, graças "ao aumento das exportações e à renovação da confiança dos consumidores associada a uma subida do emprego".

A agência salientou ainda que os riscos macroeconómicos internos diminuíram, mas que Portugal permanece vulnerável aos desenvolvimentos externos.

RN // ARA

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