Trabalhadores da Soares da Costa rejeitam receber dois meses de salários em atraso

| Norte
Porto Canal com Lusa

Trabalhadores da Soares da Costa rejeitaram hoje receber "apenas dois meses de salários em atraso", quando "há quem tenha 12, dez ou oito meses em atraso", afirmou hoje o presidente do Sindicato da Construção de Portugal.

"Os trabalhadores não aceitam a proposta do plano [de revitalização da construtora] que apenas paga dois meses de salários em atraso", disse Albano Ribeiro à Lusa, após a realização de um plenário que decorreu nas instalações do sindicato e que reuniu "cerca de 80 trabalhadores".

Segundo o presidente do sindicato, os trabalhadores, representados por esta estrutura sindical e presentes no plenário, "classificam a proposta como uma afronta", e "não apresentam qualquer contraproposta, depois de tanto sofrimento por que já passaram".

Albano Ribeiro afirmou que, no total, a Soares da Costa deve aos trabalhadores, "em salários em atraso, cerca de três milhões de euros".

"Temos conhecimento de que a banca perdoou 200 milhões de euros à Soares da Costa, mas os trabalhadores não perdoam nenhum dos seus salários", sublinhou.

De acordo com o semanário Expresso de sábado, "o plano de viabilização [da construtora] está concluído", sendo que "a banca recebe ativos e perdoa 200 milhões de euros".

O jornal refere que "a banca vai ceder mais 45 milhões de euros à Soares da Costa, no âmbito do plano de viabilização que a construtora finalizou [na semana passada] com os principais bancos credores".

"O dinheiro fresco permitirá à empresa resolver os casos mais urgentes, reforçar a tesouraria e financiar os défices de exploração, acedendo a uma segunda via que lhe permita festejar renascida o centenário, em 2018", sendo que a Soares da Costa "compromete-se a vender ativos, incluindo a operação em Moçambique", lê-se.

O Expresso adianta ainda que "os créditos laborais e salários em atraso (quatro milhões de euros) serão liquidados em cinco anos" e que o administrador judicial, Pedro Pidwell, espera que o documento negociado pela administração esteja esta semana em condições de ser enviado aos credores.

No âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER) que entregou em agosto no tribunal, e que, segundo o Expresso, terá de ser votado no dia 25 deste mês, a Soares da Costa Construção (SdCC) reconhece 711 milhões de euros de dívidas, surgindo a CGD (179 milhões de euros) e o BCP (111 milhões de euros), como os principais lesados, seguidos do Bankinter (32 milhões), Banco Popular (21 milhões) e ex-BES Angola (18 milhões).

A lista de créditos reconhecidos incluiu ainda construtoras portuguesas como a Mota-Engil (766 mil euros) e a Somague (308 mil euros), destacando-se o grupo Elevo (resultante da fusão das empresas MonteAdriano, Edifer, Hagen e Eusébios), com 14 milhões de euros.

No total, o valor reclamado na lista provisória supera, contudo, os 1.400 milhões de euros, envolvendo 1.689 entidades, sendo o desvio entre a dívida reclamada e a reconhecida justificável com as responsabilidades cruzadas entre a SdCC e a SDC -Investimentos (duas empresas distintas que um aumento de capital na construtora separou) e o negócio das concessões de que a construtora é um acionista residual.

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