São Tomé e Príncipe sem qualquer representante como observador

| Política
Porto Canal com Lusa

Macau, China, 11 out (Lusa) -- A V Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa não conta com qualquer representante de São Tomé e Príncipe, disse à Lusa fonte do Fórum Macau.

São Tomé e Príncipe encontra-se excluído do Fórum Macau por manter relações diplomáticas com Taiwan. No entanto, tem participado como observador nas reuniões do Fórum Macau e em 2013 enviou, pela primeira vez, um representante com a categoria de ministro.

Tratou-se do então ministro do Plano e Finanças, Hélio Almeida, que afirmou na altura, aliás, que São Tomé e Príncipe, o único país de língua portuguesa sem relações diplomáticas com a República Popular da China, estava a "ponderar" reatar os contactos oficiais com Pequim.

A China cortou relações diplomáticas com São Tomé e Príncipe, em 1997, quando o país africano estabeleceu contactos oficiais com Taiwan, a ilha onde se refugiou o antigo Governo chinês após a tomada do poder pelo Partido Comunista, há 64 anos, e que Pequim considera uma província chinesa e não uma entidade política soberana.

A V Conferência Ministerial do Fórum Macau, que arrancou hoje, tem por base a iniciativa "Uma Faixa, Uma Rota", estando o foco apontado ao desenvolvimento, "de modo a promover as relações económicas e comerciais entre a China e os países de língua portuguesa".

"Uma Faixa, uma Rota" é a versão simplificada de "Faixa Económica da Rota da Seda e da Rota Marítima da Seda para o Século XXI", o projeto de investimento impulsionado pela China para reforçar a sua posição como centro comercial e financeiro da Ásia.

No final da conferência ministerial, ainda no dia de hoje, vai ser assinado, como tem sido prática, o plano de ação para a cooperação económica e comercial para o próximo biénio (2017-2019).

A V Conferência Ministerial do chamado Fórum Macau fez convergir em Macau cinco primeiros-ministros (da China, Portugal, Cabo Verde, Moçambique e Guiné-Bissau), pelo que constitui a de "mais alto nível" de sempre.

Já Angola, Brasil e Timor-Leste estão representados por ministros.

DM/MP (AC) // ISG

Lusa/Fim

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