Cimeira Mundial de Saúde em Coimbra reafirma internacionalmente valor do SNS

| Política
Porto Canal com Lusa

Coimbra, 10 out (Lusa) - O secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, considerou hoje que a escolha de Coimbra para a realização da conferência intercalar de 2018 da Cimeira Mundial de Saúde acontece "num momento particularmente oportuno" para Portugal.

O consórcio Universidade de Coimbra e Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), representante português na M8 Alliance - conhecida como o G8 para a Saúde - anunciou hoje que a conferência se vai realizar nesta cidade da Região Centro, em abril de 2018.

Manuel Delgado, que chefia a delegação portuguesa presente da Cimeira, sublinhou que Portugal vive um momento em que "pretende reafirmar internacionalmente o valor do seu sistema de saúde, em particular do serviço nacional de saúde".

"É o reconhecimento, por uma das instâncias internacionais mais prestigiadas, da excelência do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e da sua academia, que assim ombreia com os mais reputados centros hospitalares universitários do mundo", acrescentou.

O CHUC e a Universidade de Coimbra integram a M8 Alliance desde 10 de outubro de 2015.

O presidente do conselho de Administração do CHUC, José Martins Nunes, destacou "a dimensão internacional deste evento", que "permitirá dar, durante dois dias, uma visibilidade mundial à Região Centro e a Portugal".

"Será possível debater temas que permitam evidenciar o trabalho de elevada qualidade que se tem vindo a fazer neste centro hospital, quer na investigação clínica, quer na prestação de cuidados", referiu.

No seu entender, "a cimeira é o contexto adequado para o reforço da internacionalização dos projetos em desenvolvimento, bem como das redes científicas de cooperação".

"A realização deste evento em Coimbra coloca-nos no centro da discussão sobre a saúde mundial, os enormes desafios que enfrenta e a urgente necessidade de encontrar soluções para muitos deles, que são, quer políticas, quer científicas, quer económicas", considerou, por seu turno, o reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva.

Para o reitor, "uma universidade, uma cidade e uma região que pretendem ser globais têm de se habituar a estar no centro dos debates que importam ao mundo".

Na opinião da presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa, "a realização deste grande evento em Coimbra é o reconhecimento internacional de que existe na região um ecossistema na área da saúde", construído com o envolvimento da academia, da indústria, dos vários níveis de governação e da sociedade civil.

"Este evento aumentará a visibilidade internacional deste ecossistema e será um fórum importante de partilha e de construção de redes colaborativas", realçou.

A decisão de realizar a cimeira em Coimbra foi votada por unanimidade, em Berlim, na Alemanha, durante a assembleia-geral da M8 Alliance, organizadora da Cimeira Mundial de Saúde.

"O evento de Coimbra será dedicado ao tema da Medicina de Fronteira, analisando diversas vertentes da prestação de cuidados de saúde em condições adversas, quer por se tratar de zonas subdesenvolvidas, quer por haver situações de guerra e pós-guerra, fluxos de refugiados, alterações climáticas e pandemias", anunciou o consórcio português em comunicado enviado à agência Lusa.

São esperados na conferência intercalar de abril de 2018 cerca de 700 especialistas provenientes de todo o mundo, da Europa à Ásia, passando pela África, Médio Oriente, América do Norte, Central e do Sul, que se vão reunir no Convento São Francisco.

AMF (AMV) // SSS

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