Guimarães, 31 out (Lusa) - A Câmara Municipal de Guimarães aprovou hoje a candidatura da zona de Couros a Património Mundial da Humanidade de forma a alargar a área classificada pena UNESCO em 2001 que abarca o Centro Histórico da cidade.

Apesar do voto favorável da oposição social-democrata, os vereadores da coligação Juntos por Guimarães (PSD/CDS-PP) apontaram que este alargamento devia ser "mais ambicioso" e estender-se a mais ruas limítrofes da área de Couros.

A área agora a candidatar inclui Couros, que neste momento é considerada uma das zonas tampão da área classificada a 13 de dezembro de 2001 pela UNESCO, foi reabilitada ao abrigo da Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012 e recebeu o novo polo da Universidade do Minho.

"Estamos a fazer um trabalho de formalização. O difícil foi regenerar, requalificar e Couros está um espaço muito bem requalificado", afirmou o presidente da autarquia, Domingos Barbosa.

Segundo o autarca, "isto é como uma mancha boa, que se vai estendendo".

Alias, referiu, "se daqui a 10 anos se voltar a fazer nova candidatura para se estender novas áreas como Património da Humanidade e se algum dia toda a cidade for classificada, é sinal que o trabalho foi bem feito".

Por isso, caso a zona agora proposta para avaliação for classificada como Património Da Humanidade, "será criada nova zona tampão pela UNESCO", zona essa que será depois intervencionada.

"E nós voltaremos a trabalhar essa zona no sentido de a requalificar", garantiu.

Para o líder da oposição de direita, André Coelho Lima, esta é uma iniciativa que merece o "acordo e empenhamento" de todos mas mais podia ser feito.

"Dever-se-ia de fazer uma proposta da totalidade da zona tampão. Este projeto devia ser mais ambicioso", apontou, numa crítica rejeitada por Domingos Bragança.

"Quando se consegue um objetivo, em vez de ser orgulho de todos há sempre alguém a dizer alguma coisa", respondeu.

JYCR // JGJ

Lusa/Fim