“Vale sempre a pena esta operação, principalmente pela prevenção e pela fiscalização às infrações mais graves e que contribuem para a sinistralidade no país”

A Tenente Carla Passeira, do destacamento de trânsito da Guarda Nacional Republicana, fez esta segunda-feira o balanço da Operação da Guarda Nacional Republicana nas estradas, durante a Páscoa de 2016, afirmando que “vale sempre a pena esta operação, a presença e o apoio da GNR nas estradas, principalmente pela prevenção e pela fiscalização às infrações mais graves e que contribuem para a sinistralidade no país”.

Algumas das maiores preocupações da GNR, segundo a Tenente Passeira, e às quais estiveram mais atentos, com a intenção de reduzir ou evitar, são o "excesso de velocidade, utilização correta do cinto de segurança, uso do telemóvel durante a condução e a presença de álcool no sangue".

Questionada acerca da possível utilização do telemóvel durante a condução, a Tenente Carla Passeira garantiu que os condutores "podem usar um auricular para falarem ao telemóvel". No entanto usar altifalante durante a chamada "é proibido" pois implica distração e torna-se numa dupla tarefa para o condutor. Isso leva a que o nível de concentração na condução diminua, pois estaria a executar mais que uma tarefa ao mesmo tempo.

“Basta frações de segundos para provocar um acidente ao próprio ou até a terceiros (…) quando circulamos na via temos de ter a consciência de que outros conduzem ao nosso lado”, afirma a Tenente.

Relativamente aos números, “houve três mortos nas estradas nesta operação, o que resultou numa redução de 50% relativamente à última operação de Páscoa", afirmou a Tenente Passeira, “é um resultado positivo, ainda que qualquer vitima seja de lamentar”, continuou.

Os acidentes, por sua vez, foram mais 106 do que os da última vez, o que leva a um total de 804 em 2016.

“É de registar que as condições atmosféricas poderão ter contribuído para este aumento e é sempre uma agravante”, justificou a Tentente.

Para terminar a Tenente frisou que não há só tolerância zero nestas operações, mas sim durante todo o ano. Disse, no entanto, que “a GNR intensifica o patrulhamento nos dias em que é esperável um aumento de deslocações” como é o caso das épocas festivas, e deixa o apontamento “continuaremos atentos durante todo o ano”.