"Vai haver uma boa coabitação política entre o Presidente da República e o Primeiro-Ministro”
Pedro Mendes, Professor da Universidade Lusíada, acredita que vai haver uma boa “coabitação política entre o Presidente da República e o Primeiro-Ministro”, numa linha de cooperação “mais positiva e construtiva”, do que a que teve Cavaco Silva . O professor universitário destaca que a relação de proximidade com os portugueses será “a marca” de Marcelo Rebelo de Sousa durante o seu mandato.
Marcelo Rebelo de Sousa sucedeu, esta quarta-feira, Aníbal Cavaco Silva a Presidente da República de Portugal. Pedro Mendes defende que este “novo ciclo” ficará marcado por uma “coabitação política entre o Presidente da República e o Primeiro-Ministro”, encerrando, assim, o período de austeridade.
“Acho que o novo Presidente tentou uma abertura dialogante com este Governo e com os partidos de esquerda que o suportam". Salienta ainda, partilhando a opinião de Marcelo, que é tempo de "ultrapassar o clima de crispação política”.
Pedro Mendes considera que o chefe de Estado teve um discurso muito positivo, onde “união”, “consenso” e “proximidade” foram as palavras-chave.
Ao contrário de Cavaco Silva, que adotou um perfil “mais instituicionalista e tecnocrático”, “Marcelo vai tentar puxar pelo positivo nesta fase de crise”. "É um Presidente que está dentro do tempo, mais contemporâneo e interativo”, explicou.
A presença de Jean-Claude Juncker, Presidente da Comissão Europeia, na tomada de posse de Marcelo é também, para Pedro Mendes, um sinal de cooperação e de proximidade "mais positiva e construtiva" com todas as questões que envolvem Portugal, enquanto país membro da União Europeia.