Novo ano chinês: Y Ping Chow pede "menos impostos" e "facilitação dos Vistos Gold" ao Governo

A China celebra, esta segunda-feira, a entrada do novo ano, o ano do macaco, um dos 12 animais do horóscopo chinês. Em entrevista ao Porto Canal, Y Ping Chow, Presidente da Liga dos Chineses em Portugal, fala um pouco do ano do macaco, como festejam este dia e aproveita o momento para pedir ao atual Governo “menos impostos” e mais facilidade em conseguir os Vistos Gold.

Mesmo a quilómetros de distância, os chineses que residem em Portugal continuam a cumprir as tradições do seu país de origem. Y Ping Chow conta que a passagem para o novo ano é celebrada no Casino da Póvoa de Varzim. A maioria costuma colocar em cima da mesa pratos e bolos tradicionais chineses, fazem trocas de prendas e vestem se a rigor, sendo o vermelho a cor mais usada nesta altura porque "dá sorte".

Ano novo, desejos novos. O Presidente da Liga dos Chineses em Portugal confessa que gostava que o Governo de António Costa impusesse à população chinesa “menos impostos” e que facilitasse mais os Vistos Gold, relembrando que têm ajudado a economia portuguesa. 2016 é o ano do macaco, um ano “favorável para os negócios”, acrescenta.

Y Ping Chow salienta que os chineses vêm para Portugal em “busca de novas oportunidades, devido ao clima e ao sistema de ensino”, considerando este último, “menos competitivo que na China”. A maioria são “pessoas com formações altas” que têm “entre 35 e 45 anos”.

Neste momento, os chineses estão divididos em duas categorias, em Portugal. Na primeira estão os chineses que vieram para o país antes de surgirem os Vistos Gold, cerca de 22 a 25 mil imigrantes. Na outra inserem-se perto de 2200 famílias a quem foram atribuídos os Vistos Gold. Se cada agregado familiar é constituído por quatro elementos, calcula-se que sejam oito mil pessoas a ter título de residência, mas “mais de metade não está cá”. Acrescenta que a população chinesa está a aumentar e que uma parte significativa concentra-se em Lisboa, explicou.