“Provavelmente não é preciso mais dinheiro (…) mais recursos técnicos, o que é preciso é organização”
No dia em que se comemora o Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, doença que mata em média 70 pessoas por dia, o Presidente do Conselho de Administração do IPO do Porto salienta a importância do atual Governo “investir mais no diagnóstico precoce”, melhorar a organização dos serviços de saúde, melhorar os rastreios e estender aqueles “que já são comprovadamente efetivos como é o caso do da mama”.
Com cerca de 25 mil assinaturas, a petição visa a igualdade de acesso ao rastreio, diagnóstico e tratamento do cancro da mama. O Laranja Pontes considera uma “uma iniquidade” que haja rastreios na Região Centro e no Norte e “no Sul até onde nós sabemos que existe maior incidência, por exemplo de cancro da mama, não esteja institucionalizado e devidamente organizado o rastreio do cancro da mama. É uma questão de organização. Os meios já lá estão (…), por isso provavelmente não é preciso mais dinheiros” nem “recursos técnicos, o que é preciso é organização”, explicou.
A Imuno Oncologia foi outro dos temas colocados em cima da mesa. O Presidente da Administração do IPO do Porto diz que se tratam de medicamentos que transformaram a história de algumas doenças, em que as pessoas morriam muito depressa. É o caso do cancro do pulmão que com a imunoterapia tornou-se possível aumentar a esperança média de vida de seis meses para até sete anos.
O Laranja Pontes lembra ainda que “a incidência do cancro vai continuar a aumentar independentemente das linhas de investigação terapêuticas que possam aparecer” e volta a lembrar que “um cancro apanhado na fase inicial tem taxas de curas de 80 e 90 ou mais por cento”.