"Desde que existam vítimas, para nós nunca será um balanço positivo"

A GNR vai apostar "mais na fiscalização e não tanto para a prevenção" para a operação que vai estar em vigor no fim-do-ano. É desta forma que Francisco Martins, capitão do destacamento de trânsito da GNR, reage ao resultado da operação da GNR 'Natal Tranquilo'

Terminou este domingo a operação da GNR 'Natal Tranquilo' e, apesar do decréscimo no número de vítimas mortais em relação a 2014, ainda se registaram sete mortes.

“Não temos conseguido chegar a toda a gente e o nosso trabalho não vai parar como é óbvio. Vamos, já agora no ano novo, apostar numa nova vertente, esta mais para a fiscalização e não tanto para a prevenção”, afirma Francisco Martins, capitão do destacamento de trânsito da GNR.

"É verdade que este ano, a nível nacional, tivemos um decréscimo no número de acidentes e um decréscimo de vítimas mortais. Contudo, a nível distrital e falando aqui do Distrito do Porto, tivemos um aumento, ainda que ligeiro, do número de acidentes e uma vítima mortal a registar", conclui Francisco Martins.

Quando questionado sobre os comportamentos de risco protagonizados pelos condutores o capitão referiu que "alguns comportamentos, como por exemplo o 'é já ali, por isso não ponho o cinto de segurança e levo a criança ao colo', têm diminuído".

Francisco Martins lembra ainda que "é crime previsto no mesmo artigo do Código Penal, onde está a condução no estado de influência do álcool, está também a condução por insuficiência de incapacidades para o exercício da mesma pelo cansaço".

A reunião de todas as condições para conduzir de forma segura, um bom descanso, a manutenção da viatura, a precaução face às condições climatéricas, a atenção ao que os outros fazem (atenção 360º) são "as cinco coisas que gosto sempre de salientar", frisa o capitão da GNR.