“Estamos perante um terrorismo de Estado”

No que diz respeito aos culpados, afirma que a novidade está no facto deste ser um grupo que conquistou um território, “parte na Síria, parte no Iraque”, criando assim condições próprias e independentes enquanto “estrutura organizada”.

Manuel Tavares assume não ter dúvidas sobre “a necessidade de neutralizar o chamado Estado Islâmico” para que estes acontecimentos, sofridos e chorados um pouco por todo o mundo, não se voltem a repetir. No entanto, assegura que essa parece ser uma tarefa difícil, já que nem todos os suspeitos são naturais da Síria e possuem outras nacionalidades.

“Se a Al Qaeda era o mal, então este é o mal absoluto”, explica o comentador, reforçando que este é um novo terrorismo que se baseia em “acções indiscriminadas” e que não vive só do ataque a “alvos políticos ou militares”.

Relactivamente à questão religiosa, Manuel Tavares diz que “provavelmente as ameaças mais fortes que hoje existem em todo este complexo mundo de tensões são os Estados Teocráticos, onde a religião, a política e o Estado se unem numa versão explosiva”.

Quando questionado sobre a onda de refugiados na Europa, o comentador garante que é necessária “mais vigilância sobre quem entra” e que dizer “não” a estas pessoas seria como “ceder ao terrorismo”.