No que diz respeito à formação de um programa de coligação à esquerda ou à direita Bacelar Vasconcelos diz não existir nenhum, mas existir sim "uma determinação de negar a validade do chamado arco de governação, como expediente para limitar o diálogo aos partidos à direita do PS e a intenção de um quadro muito especial".

Acrescentando ainda que "uma maioria na Assembleia da República se opôs frontalmente às políticas de austeridade que foram aplicadas por esta coligação ao longo de quatro anos e meio, foi o tempo que durou a legislatura". Neste contexto "uma maioria da Assembleia contra as políticas que este Governo aplicou, e que na ausência de programa, é legitimo supor que tenciona continuar aplicar se for Governo".

Já para o médico Faria de Almeida "as eleições foram um hino à democracia", ou seja, "todos ganharam". Explicando que "um partido que nunca tinha um deputado, tem um deputado. O partido que estava 'cá em baixo' progrediu imenso, está com 19 deputado que é o Bloco de Esquerda. O PCP manteve, porque é muito fiel à 'sua clientela política'. Depois o PS porque subiu em relação à última votação, deu um salto grande. E o PSD e o CDS, desempenhou um grande papel."

Faria de Almeida chega a elogiar a campanha de Catarina Martins, afirmando que "foi das campanhas mais espectaculares" que eu já viu. Foi extraordinária! Quer na sua dialéctia, quer na postura, quer no cansaço".