O autor refere que o seu objectivo é fazer rir as pessoas, embora seja difícil devido às dificuldades por que os portugueses estão a passar. “Os portugueses não estão muito para a brincadeira e para o riso por causa das dificuldades mas é justamente por causa das dificuldades que devemos estimular o humor, a brincadeira e o riso porque se ele não nos pode salvar pelo menos pode ajudar a suportar a suportar o peso insuportável da realidade e do mundo”, explica acrescentando que todos temos o dever de nos ajudarmos uns aos outros e que esta é a sua contribuição.

O livro, uma ficção que descreve o percurso e a vida do Cristiano Ronaldo, possui uma qualidade que o escritor considera insólita: o facto de ser narrado por uma mulher, a própria mãe do jogador, começando por dar um ponto de vista feminino e maternal, uma qualidade nova num mundo que é “completamente masculino”. Álvaro diz ser um admirador do jogador e sobretudo do futebol, embora admita que o mundo do futebol tem uma zona “bastante risível” que foi essa zona que ele quis explorar, para se divertir a ele próprio e para divertir aqueles que lerem o livro.

No livro, Cristiano Ronaldo personifica o que de melhor Portugal tem enquanto povo, embora também se possa ver o reverso disso. Para o autor, o jogador possui “um excesso de rigidez” e uma “postura de macho alfa, que se leva demasiado a sério e que não é capaz de rir das suas fragilidades”. Conclui dizendo que “rir das nossas fragilidades é sempre uma prova de grande inteligência”.