"O relatório do FMI já foi nacionalizado e tornado tema de campanha eleitoral"

O PSD reagiu ao relatório através de Carlos Carreiras vice-presidente do partido, e presidente da Câmara Municipal de Cascais, que para o comentador "jogou a bola para o lado do PS" onde Carlos Carreiras admite que "se o FMI fosse avaliar o programa eleitoral do PS chumbava-o de certeza".


O PS respondeu pela voz de João Galamba que disse “que esta desconfiança por parte do FMI face aos números do Governo provam que os números não são credíveis.”
Sobre o relatório lançado esta quinta-feira pelo FMI, Jorge Fiel simplifica.

“Aquilo que o FMI diz é que estamos em pausa, que 2015 é um ano de pausa, durante três anos tivemos sujeitos à troika e conseguimos sair da troika com uma saída limpa do resgate sem 2º resgate mas não ficamos bem, comparando a um doente. É um doente que esteve nos cuidados intensivos e depois continuou hospitalizado e já teve alta mas não esta bem qualquer corrente de ar pode nos atirar outra vez”, disse o jornalista.


Quanto às promessas de redução progressiva da sobretaxa tanto do PSD/CDS e PS, o comentador afirma que o FMI recomenda ao uso da parcimónia nas promessas eleitorais de redução de impostos.

“O que o FMI diz é que recomenda a prudência, estamos num ano de pausa, as receitas a crescer menos expressivas do que se esperava, o melhor é não reduzir mais a receita e ter cuidado ao prometer redução na receita fiscal e redução nos impostos", explica Jorge Fiel.


Jorge Fiel afirma que o Governo apresenta um "optimismo" sobre a redução do défice, optimismo que não chega a ser partilhado pelo FMI.

"A projecção que o Governo faz é de 2,7%, e a projecção que o FMI faz é de 3,2%, portanto estão 0,5% em causa que fazem toda a diferença se nós tivermos menos 3% saímos do procedimento de défice excessivo ou seja nos estamos numa tutela porque o défice tolerado para estar no euro é de 3% e estamos acima, se conseguirmos 2,7% , 2,8%, 2,9% será uma vitória do Governo", remata o comentador.


A venda do novo Banco foi outro tema no relatório, o jornalista afirma que “se o Governo não conseguir vender o Novo Banco acima dos 4,9 mil milhões de euros que foram injectados pelo fundo de resolução, muito provavelmente aquilo vai sobrar para o défice".