“Neste momento os meios disponíveis pelo SNS cobrem apenas 15% das necessidades em cuidados paliativos”

Os doentes são referenciados com base no tempo de espera. Desde 2006 que foi criada uma rede nacional para os cuidados integrados, onde os doentes são referenciados com base no tempo de espera.

“Esta tipologia tem uma forma de referenciação que identifica a todas as outras, portanto é com base no tempo de espera num aplicativo informático, deixando de lado aquilo que seria na nossa opinião a melhor forma de referenciar estes doentes seria de acordo com a sua complexidade e gravidade dos seus problemas”, explica Catarina Simões da Associação Portuguesa do Cuidados Paliativos.

Uma nova lei vai entrar em vigor no final do mês, que consiste na criação de novas redes para a referenciação dos doentes. Catarina Simões adianta que não recebeu “nenhuma informação de como vai ser operacionalizado esta lei em concreto.”

Quanto há falta de técnicos, a enfermeira afirma que "há técnicos" mas não sabe se estes têm treino na área.

"Estamos neste momento a tentar investigar o que se passa em termos de formação”, afirma Catarina Simões.

No entanto a maior preocupação é nas pessoas que fazem as referências, logo deveria de haver implicação numa “melhoria na formação das pessoas referenciadoras no sentido de poderem identificar mais precocemente possível o doente vulnerável que pode beneficiar de apoio aos cuidados paliativos”, alerta Catarina Simões.