“Em Portugal existe uma mentalidade pouco fomentada na inovação”

“Creio que é um problema complexo e delicado e que merece, sem dúvida, muita atenção por parte do Estado, das políticas que são necessárias para reter os nossos talentos”, diz Maria Cristina Mocetão.

Quem emigra são sobretudo jovens qualificados, o que, para a socióloga, é uma grande perda para o país. No entanto, a maior parte da emigração é temporária. “Sem dúvida que a emigração tem consequências positivas, no sentido de melhorar as relações inter-culturais, há um enriquecimento de conhecimentos (…) que é necessário. Só que nós precisamos nas empresas, nas organizações, quer no sector público ou privado, destes cérebros, destes talentos”, diz a socióloga.

Maria Cristina Mocetão afirma que se deve promover acções consistentes para que os jovens não queiram sair do país. Comparativamente com o Reino Unido, por exemplo, a socióloga diz que em Portugal há muita burocracia e que é necessário mudar a mentalidade dos políticos.