Miguel Guedes sobre eutanásia: “Há quase uma obstinação terapêutica, quase uma distanásia, que de forma artificial, alimenta a possibilidade de não haver uma escolha”

Miguel Guedes tece críticas ao projeto de resolução do PSD de referendo sobre a despenalização da eutanásia, referindo que "é necessário alguns políticos saberem quando parar e perceber que, por vezes, a decisão é das pessoas, em direitos fundamentais".

O Comentador do Porto Canal sublinha que "desta vez, temos uma ampla maioria relativamente à morte medicamente assistida e não só uma maioria ampla. Estamos a falar de uma maioria alargada, desde a esquerda até à direita".

Neste sentido, pergunta o que mais poderão "inventar para que questões de fé, num Estado Laico, e questões de convicção pessoal num Estado democrático possam interferir num processo civilizacional de decisão sobre direitos fundamentais?". 

Assim, Miguel Guedes pede a Marcelo Rebelo de Sousa "elevação e espírito, de caráter e de perceção" para aprovar a lei, destacando que “há quase uma obstinação terapêutica, quase uma distanásia, que de forma artificial, alimenta a possibilidade de não haver uma escolha”.