Ribau Esteves prevê "estrondosa derrota" para o Bloco de Esquerda nas próximas autárquicas

Ribau Esteves, comentador do Porto Canal, referiu-se à rentrée política como "um tanto atípica" e prevê "estrondosa derrota" para o Bloco de Esquerda nas próximas autárquicas.

O comentador começa por referir que "o PSD e o PP fazem uma atitude discursiva muito parecida, muito crítica” na rentrée.

Por outro lado, comenta o facto do Partido Socialista não ter feito rentrée e afirma que o partido do Governo “mantém uma lógica de que estamos a governar e portanto não fizemos nenhuma paragem”.

Para o autarca o Partido Comunista regressou com uma atitude "conservadora", que regressou da paragem política “com a sua clássica Festa do Avante”. Ribau Esteves defende que o PCP tem “uma atitude muito séria e muito clara no compromisso político que gere”.

Em contrapartida, considera “absolutamente chocante” a entrevista de Catarina Martins ao Público. “É inacreditável. É levar a política para um nível de demagogia que ninguém quer. Quando qualquer um de nós se arrepende todos os dias de algo que faz, só tem um caminho sério a seguir que é mudar de vida.”

Confrontado com o facto de Catarina Martins ter clarificado essas declarações e ter explicado a luta que trava diariamente com o partido do Governo, o autarca afirma que não entende essas explicações: “Tentou explicar o inexplicável. O Bloco de Esquerda negoceia com o Partido Socialista, não há luta nenhuma.”

A previsão do comentador para as próximas autárquicas coloca o Bloco de Esquerda numa "estrondosa derrota", e o Partido Comunista numa "posição de um espaço de vitória”.

O autarca concorda com a opinião de Assunção Cristas, presidente do CDS-PP, quando diz que muitas das medidas que estão a ser aprovadas por este Governo vão diretamente ao bolso da classe média. “Estamos numa construção de crescimento económico que vai tendo indicadores cada vez mais evidentes que não está a resultar. Vamos outra vez à classe média resolver o problema”, disse ao Porto Canal.

Por outro lado, acha “irrelevante” a mensagem política de Assunção Cristas acerca do pagamento de IMI por parte dos partidos “porque é o Estado que o financia”.

Em relação à questão do pagamento de IMI das igrejas, o Ribau Esteves refere que “o Estado tem um acordo assinado com a igreja portuguesa, para esta tenha isenção de IMI". Conclui que é "um ato ilegal” as paróquias receberem notificações para pagar IMI quando tem um compromisso de isenção com o Estado.