Jorge Fiel salienta que “aquilo que o Presidente da República disse é óbvio”
O recente "afastado" projecto lei que em que os órgãos da comunicação social teriam de se sujeitar a um plano de cobertura jornalística das campanhas eleitorais "não vai ao encontro" dos valores de Abril, afirma o jornalista Jorge Fiel.
Segundo Jorge Fiel o projecto de lei “é um disparate total”. “Quer o António Costa quer o Pedro Passos Coelho foram bastante calculosos. O António Costa a desmarcar-se do assunto, e fez muito bem, tem que se lhe tirar o chapéu, e o Pedro Passos Coelho disse logo isto não é nada comigo, é assunto do parlamento, não me quero prenunciar sobre o assunto”.
Numa análise ao discurso de Cavaco Silva nas comemorações do 25 de Abril, onde o presidente da República (PR) apelou a consensos entre partidos, Jorge Fiel afirma que este não tem um efeito prático.
"Para fazer as reformas que o país necessita, é preciso uma maioria parlamentar razoavelmente sólida, o que significa que tem de haver um consenso. Ou seja aquilo que o Presidente da República disse é óbvio. Agora também é óbvio que o António Costa tem de se desmarcar porque senão que motivo ele teria para apelar as pessoas a votar no partido socialista e para não ficarem em casa ou votarem no PSD e CDS (...) Vai ter que haver um entendimento entre a coligação que sustenta o actual Governo e o partido socialista, isso parece-me a coisa mais lógica”, disse o jornalista.