"Esta viagem era absolutamente dispensável, a meu ver é ofensiva para o Governo"
Pedro Arroja, comentador habitual do Porto Canal, ataca fortemente a viagem do Presidente da República à Alemanhã deste fim de semana. O Economista afirma não estar "nada satisfeito" com a viagem afirmando que não a vê com "otimismo algum".
O encontro de Marcelo Rebelo de Sousa com a Chanceler Alemã, Angela Merkel, ocorreu durante a visita oficial de dois dias do Presidente da República a Berlim. Sendo esta a quarta viagem do Presidente em menos de três meses de mandato, o comentador considera que “a este ritmo, num mandato de cinco anos, o Presidente irá visitar 100 países”. Para Arroja a viagem surge com o propósito de "pedir à Comissão Europeia a não aplicação de sanções", visto que a regra do défice de 3% não é cumprida mesmo com todos os esforços realizados. Em 2015 o défice foi de 4,4%, quase 50% acima do imposto limite de 3%.
Considerando "manifestamente exagerado" todas as viagens feitas referiu ainda que todas surgiram "de repente, sem razão aparente".
De palavras fortes, Arroja, afirma que o Presidente foi "pedinchar" a Joachim Gauck, Presidente da Alemanha, que fossem abertas exceções para o Estado Português. Para Pedro Arroja esta função não competia ser realizada pelo Presidente mas sim por alguém do Governo.
"O nosso Presidente mete-se em assuntos que não lhe competem, é natural que tenha agravado o Governo", afirma o economista.
Não tendo a Alemanha uma cultura de se "comover com facilidade" e sendo um país de poder, a atitude deles será a de "esmagar" Portugal, acabando assim com um país concorrente.
Sendo um Presidente muito próximo do povo e que representa esse mesmo povo a sua função não seria de "pedir exceções mas sim de fazer cumprir as regras".
Pedro Arroja, prevê que este pode ser o primeiro Presidente democrático a demitir-se pois "não consegue estar calado". As antigas funções de Marcelo Rebelo de Sousa, como comentador televisivo são agora "imcompatíveis com as funções que agora cumpre". Querendo agradar a todos, O Presidente, na visão do nosso comentador irá assim gerar "problemas institucionais".