“Acho que muitos privados como outras áreas, abusaram um pouco dos subsídios estatais”
Manuel Tavares, comentador habitual do Porto Canal, pensa que muitos privados "abusaram" dos financiamentos do Estado, e que este "deveria verificar" junto dos estabelecimentos de ensino a sua aplicação.
Uma dezena de colégios privados contestaram o corte no financiamento das turmas através dos contratos de associação. Após se fazerem chegar um total de 100 mil cartas ao representantes maioritários do país, o Presidente da República vai agora conversar com o Primeiro Ministro sobre a polémica do fim dos contratos de financiamento às escolas privadas. Contra ao Estado estão dez providências cautelares, as ações serão entregues esta semana por uma dezena de colégios privados que contestam a decisão do Ministério da Educação.
Manuel Tavares, no seu habitual comentário, começa por referir que “os colégios privados não são só para ricos” especialmente se forem colégios ligados à Igreja Católica.
“Um terço dos alunos do Instituto Nun’Alvres têm apoios sociais, 56 alunos têm necessidades educativas especiais, 29 são acompanhados por tribunais e 6 estão institucionalizados, portanto, há aqui um caracter social”, afirma o diretor do FC Porto Media.
O comentador revela ainda que muitos colégios privados, alguns mesmo do ensino superior, não deviam ter sido subsidiados na escala em que foram.
“O poder central devia verificar no terreno o que é que cada estabelecimento faz e de que maneira o faz (...) Acho que os privados como outras áreas, abusaram um pouco dos subsídios estatais”, remata o jornalista.