O Homem certo

12-06-2016 16:35:56 | Porto Canal
 
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Júlio Magalhães

Confesso que neste século é a primeira vez que estou cem por cento adepto e “torcedor” da nossa Seleção. Finalmente uma equipa de todos nós. Em boa verdade desde que Scolari tomou os destinos da equipa portuguesa que nunca estive tão imbuído do espirito lusitano de apoiar a equipa portuguesa. Nunca desejei a derrota, mas admito que a vitória também me era indiferente. Apenas uma justificação para o facto. O selecionador nacional. Sou amigo pessoal do engenheiro Fernando Santos mas não é esse o motivo que me devolve o espirito de apoiar a equipa nacional. É sim o selecionador. Como em todas as equipas, de clube ou de seleção, entendo que o treinador é o elemento principal e catalisador do êxito que se possa alcançar, muito embora os jogadores é que joguem.

Fernando Santos é o homem certo o lugar certo. Sem lobies, sem empresários, sem clubites. Escolheu os 23 jogadores certos, foi sempre claro nas suas opções de jogo e de convocatória, não excluiu ninguém, não se pegou com nenhum clube e exerceu a sua autoridade sempre em conformidade com as suas convicções e nunca sem a necessidade de se afirmar contra nada nem contra ninguém. Como aconteceu com os selecionadores que neste século estiveram à frente da equipa portuguesa.

Foi isso que lhe permitiu chegar a este momento e dizer que vai ao Europeu para ganhar. Porque tem os jogadores do seu lado, porque tem uma seleção onde estão os melhores, sem discriminações nem arrelias nem amuos. Pode até a “coisa” não correr bem, mas que não restam dúvidas sobre a justiça da convocatória e sobre um objetivo claro que está definido, lá isso não. Acabou a história do jogo a jogo, próprio de quem não acredita nos seus, ou seja, um jogo de cada vez porque nunca sabemos o dia de amanhã.

Portugal, tem um leque de jogadores que estão habituados aos grandes campeonatos e às grandes competições europeias. Tem Cristiano Ronaldo, o melhor jogador que vai estar neste torneio. Tem um selecionador habituado a este tipo de competição e com experiência suficiente para saber que ganhar é o mais importante num torneio onde apenas se disputam, no máximo, sete jogos num curto espaço de tempo.

Garantir que vamos ser campeões é uma tolice. Mas dizer que podemos ganhar o Europeu não é nenhuma barbaridade.

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