E agora?

Feita a festa, cumpridas as homenagens, distinguidas as boas práticas (e foram muitas!) preparemos o futuro. Principalmente, aproveitemos esta oportunidade para criar as bases para um futebol português ainda melhor.

Onde, sem deixar de incentivar a iniciativa individual, existam objectivos comuns a atingir e uma forma de pensar e intervir onde prevaleça uma acção colectiva ao serviço dos interesses coletivos. Tal como um cuidado constante em não permitir que este sucesso nos deslumbre.

Obviamente, reconheçamos e saibamos distinguir quem acrescentou valor, sejamos justos com todos e aproveitemos toda esta paixão e entusiasmo nacional para construirmos um futebol português cuja imagem de marca continui a ser aquela capacidade de superação e entrega ao esforço coletivo revelados neste Europeu 2016.

Precisamos assumir a nível nacional que perseguir a excelência nos exige deixarmo-nos envolver numa teia emocional que nos impulsione para um cada vez maior empenho ao serviço do bem comum e nos torne orgulhosos de sermos donos e senhores da nossa individualidade enquanto portugueses.

Saibamos afinal estar à altura das palavras de Ken Blanchard no seu livro “Um nível superior de liderança” quando nos diz que, “fazer do mundo um lugar melhor, requer um tipo de líderes especiais, capazes de agirem em proveito dos outros”.

“Liderar é a capacidade de influenciar outros, libertando o poder e o potencial dos colaboradores e das organizações para alcançarem resultados de nível superior. “Liderar, não é só uma questão de alcançar resultados, muito menos que o líder pense exclusivamente em alcançar conquistas meramente pessoais.” “Liderar, exige concentração numa Visão forte e em Objectivos ambiciosos, tal como preocupação com as pessoas que dirigimos e com os resultados a alcançar.” “Liderar a um nível superior, é um processo para alcançar os resultados pretendidos, agindo ao mesmo tempo com justiça, respeito e preocupação com o bem-estar de todos os envolvidos.”

Percebem agora porque não devemos perder a oportunidade de agradecer e enaltecer o Fernando Gomes, Presidente da Federação Portuguesa de Futebol e o Fernando Santos, selecionador nacional de futebol?

Foram competentes (ninguém confia em incompetentes!), souberam ser honestos (não mentiram, nem prometeram em falso), sempre coerentes (verdadeiros modelos e referências no cumprimento das regras colectivas que quiseram ver defendidas) e, principalmente, souberam influenciar-nos e mobilizar a nossa motivação ao serviço do interesse coletivo do futebol português.

Parabéns aos Fernandos!