O ilustre director do Porto Canal, que faz o favor de ser meu amigo há muitos anos, Júlio Magalhães, opinou aqui no Domingo que ao Cristiano Ronaldo teria feito bem um banho de assento no banco nos dois últimos jogos da Selecção. Como já tive ocasião de lhe dizer pessoalmente, não tenho dúvidas nenhumas que em condições normais, aplicadas a um jogador normal ,estes banhos teriam tido efeito positivo e retemperador.

Acontece que, tratando-se deste jogador genial e muito acima da média, que integra uma Selecção com um conjunto de jogadores bem inferiores à média que gostaríamos, não sendo possível acompanhar estes banhos de umas massagens… ao ego, suficientemente compensadoras da seca no banco, o que há a dizer é que o Cristiano Ronaldo no banco não nos renderia juros. Para ter o Cristiano na Selecção temos que “comprar” o “pacote inteiro”: aquelas pernas, mas também aquele cabelo, aquela cabeça, mas também aquele cérebro, aqueles peitorais, mas também aquele “peito”, aqueles pés, mas também aqueles livres, remates e passes que algumas vezes não são os melhores.

É por isso, meu caro Júlio, que estou absolutamente certo que logo vamos fazer a Hungria em goulash e, espero bem, para o moralizar para o resto da caminhada, que o Cristiano Ronaldo seja um dos mais ávidos a comê-los de cebolada. Para nossa felicidade mútua.