Óbidos, Serra d'El Rey e Brasil estão por estes dias no pensamento dos portugueses e devidamente distanciadas geograficamente. As primeiras muito próximas, o último muito longe ou nem por isso. Expliquemos. Chego a Óbidos, entro na cidade fortificada e começo a ouvir o português com sotaque. Mais dois passos e o sotaque cresce de volume e cresce e cresce. Óbidos está cheio de brasileiros. Como é possível? Verdade. O roteiro Lisboa/Fátima leva-os a parar em Óbidos e não falham as duas iguarias... Chocolate e Ginginha. Pergunto: "Então essa Ginginha é a melhor do mundo?". Respondem em bom estilo: "Não tenha dúvidas..." Continuo: "Então Portugal já tem pelo menos dois melhores do mundo, a Ginginha e Ronaldo?" Marcos sorri e responde a medo: "Não sei se é bem assim. Eu prefiro o Gaúcho". Fala de Ronaldinho. E aí meto Serra d'El Rey no caminho: "Sabia que Portugal está a preparar o Mundial do Brasil aqui a cinco minutos de distância?" Sem hesitar diz: "Sério? Como se chama o local? Ronaldo já lá está com os colegas?"
Ronaldo é assim. Mexe com todos mesmo não estando. Há a previsão que, esta quinta-feira, no estágio de Portugal e na recepção aos jogadores depois da folga, estejam mais de 100 jornalistas. Há 500 acreditados para todo o estágio. Portugal está no top 3 mundial também no acompanhamento da comunicação social e isto sem falar no acompanhamento das pessoas que procuram um autógrafo, uma fotografia e querem desejar boa sorte... Mesmo os brasileiros.
03-06-2014
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O que nos resta por agora é andar de calculadora na mão. Escusado seria se a qualidade e a raça fossem outras. Não acredito numa reviravolta, muito menos nos poucos que dizem que acreditam. Se não conseguimos fazer o que nos competia, mais difícil se torna esperar pela "escorregadela" dos outros. Chego ao cúmulo de nem sequer apostar numa vitória frente ao Gana.
Não sou muito de superstições, mas que as há, há. Prefiro o pragmatismo das evidências e julgo que ontem, na estreia de Portugal no Campeonato do Mundo de Futebol voltamos a levar um banho de evidência.
Primeiro, ouvi o hino enquanto percorria a calçada. Depois, já no carro, a rádio informou-me da primeira má notícia. E estávamos ainda nos minutos iniciais. Já com um banho de água fria, aproximei-me da televisão e constatei aquilo que ainda não era claro na minha cabeça.