Fora de Campo: Brasil, Estados Unidos e Ronaldo
Portugal termina esta terça-feira a segunda fase da preparação para o Campeonato do Mundo. Depois do estágio em Portugal, os Estados Unidos da América foram uma espécie de 'água sagrada' para a selecção nacional, que ao invés de 23 jogadores parecia ter um grupo de um jogador e lesionado. Os primeiros seis dias de estágio foram penosos para a selecção nacional no contexto do bombardeamento informativo externo. Ronaldo lesionado, Ronaldo alvo de bruxaria, Ronaldo não vai recuperar, Ronaldo não deveria jogar sob esforço, Ronaldo corre no campo mas não vai a jogo e finalmente… ALTA PARA RONALDO.
A Nova veio no sábado, já depois da vitória sobre o México e depois, aí sim, Portugal passou a ter 23 jogadores e outros até lesionados. Com Ronaldo voltou Meireles, mas Pepe ainda estava tocado, e Beto. Aos poucos Paulo Bento ganhou mais jogadores e até houve quem se preocupasse em saber se Vieirinha estava bem depois de seis meses parados. Portugal sofre, naturalmente, de "Ronaldomania". A selecção está habituada a isso, mas Paulo Bento gosta pouco, até porque sente, com certeza, que o Melhor do Mundo não ganha sozinho. Esta terça-feira deve ir a jogo, mas não espero velocidade, nem remates forte, até arrisco num golo de cabeça do capitão da selecção nacional.
Depois o Brasil.
Esqueçam todo o que o Portugal já viveu, em Campinas a 'coisa' do fenómeno selecção vai subir de nível, vai subir ao nível 'estratosférico'. Há muito que o treino aberto no Centro Desportivo de Ponte Preta está esgotado. Seis mil pessoas que não vão parar de gritar e puxar por Portugal. Para bem de Portugal, um possível encontro com o Brasil está distante e isso vai fazer com que a partir de amanhã Portugal sinta que está em casa. Seremos mais de 200 milhões.