Quaresma contra o jejum
Manuel Serrão
Sempre que o Quaresma chega, acaba o jejum...de golos. Já foi assim antes e se contra a Polónia for outra vez necessário, tenho a certeza que não falhará. Aquele jogador que o Lopetegui achou por bem correr do Dragão, anda agora a cuspir o seu fogo ao serviço da nossa Selecção. Enquanto que o basco que o entregou aos infiéis dos turcos continua a cumprir a sua penitência afastado dos relvados.
Dá ideia que o nosso engenheiro do Penta, conhecido pelo seu catolicismo militante, (de Quaresmas percebe ele...) tem apostado em guardar para o fim o melhor vinho transformando cada jogo e cada prolongamento numa espécie de bodas de canã à portuguesa.
Eu não gostaria de tornar estes textos autênticas epístolas do Porto Canal aos coríntios, mas a verdade é que não consigo controlar-me quando há um jogador chamado Quaresma, que é ressuscitado por um treinador chamado Santos, para marcar golos milagrosos, quando a equipa já parece toda ao Deus dará.
Valha-nos nosso Senhor.