Proteção Civil pede para populações seguirem "rigorosamente" as instruções
Porto Canal com Lusa
Carnaxide, Oeiras, Lisboa, 11 ago (Lusa) - O comandante nacional da Proteção Civil, pediu hoje à população que siga "rigorosamente" as instruções das autoridades, considerando que o período de incêndios que se está a atravessar é de "gravidade significativa".
"Sigam rigorosamente as instruções das autoridades, nomeadamente através dos seus serviços municipais de proteção civil", recomendou o comandante nacional da Proteção Civil, José Manuel Moura, em declarações aos jornalistas.
José Manuel Moura, que falava no comando operacional da Proteção Civil, em Carnaxide, Lisboa, explicou que toda a informação disponível é transmitida para os respetivos distritos e, destes, para os municípios e para as juntas de freguesia.
Por isso, insistiu, é preciso que as pessoas "sigam rigorosamente" as instruções que são dadas pelas autoridades de proteção civil e pelas forças de segurança, porque podem existir circunstâncias em que é necessário optar pela evacuação "como procedimento cautelar".
"Não é necessariamente pelo facto de haver evacuação que tem de haver risco associado", referiu, vincando que, por vezes, "são medidas preventivas que têm de ser tomadas".
Quanto às condições climatéricas, o comandante nacional disse que Portugal está "a atravessar uma severidade extrema", prevendo-se que no fim de semana não seja "tão extrema em termos de vento".
"Hoje, ainda vamos sentir, amanhã ainda vamos sentir a questão do vento, o que vai acontecer até segunda-feira é voltarmos às condições do passado fim de semana, que não foi vento, mas sim valores de calor de 38, 39, 40 graus", disse, classificando o atual período como de "uma gravidade significativa".
José Manuel Moura recordou ainda que se irá manter o nível de alerta laranja até domingo, o "que obriga a 50% do grau de mobilização de todo o dispositivo e até seis horas o seu estado de prontidão".
"Este é um combate desigual, estamos a lutar com um inimigo desigual, que não defende, só ataca, que é o fogo", sublinhou.
VAM // ARA
Lusa/Fim