Hospital de Penafiel e ARS-Norte investigam circunstâncias da morte de jovem

| Norte
Porto Canal com Lusa

Porto, 28 jun (Lusa) -- O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, em Penafiel, já determinou uma investigação ao caso da jovem que morreu alegadamente com um tumor cerebral não diagnosticado naquela unidade hospitalar, anunciou hoje a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte).

Em comunicado enviado à Lusa, a ARS-Norte adianta que também "vai mandar instaurar um processo de inquérito" a este caso hoje revelado pelo Jornal de Notícias (JN).

Em comunicado, a ARS-Norte refere ter conseguido apurar que o caso em concreto, que classifica como "morte súbita" e "que terá ocorrido entre 2010 e janeiro de 2013, nunca foi reportado ao Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa".

"Tendo em conta a situação de morte subida, então verificada, o Instituto de Medicina Legal, nestas circunstâncias, determina sempre a realização de autópsia e, consequentemente, a comunicação ao Ministério Público que, por sua vez, manda instaurar o respetivo inquérito, que o foi o que efetivamente aconteceu", acrescenta a ARS-N.

O ministro da Saúde já disse ter pedido à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde uma investigação a esta situação. Adalberto Campos Fernandes, que falava a jornalistas em Leiria, assumiu ter "pouca informação" sobre o caso, mas adiantou ter pedido a investigação.

A família de uma jovem que morreu alegadamente com um tumor cerebral não diagnosticado nas 11 vezes que se terá deslocado à urgência do Hospital Padre Américo, Penafiel (a principal unidade do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa), recorreu ao tribunal administrativo para reclamar uma indemnização à unidade hospitalar.

Em declarações à Lusa, a advogada da família, Filomena Pereira, não quis especificar o montante da indemnização por, em simultâneo, estar a decorrer um inquérito-crime alusivo ao caso no Ministério Público junto da Comarca de Porto-Este.

Segundo Filomena Pereira, a ação para reclamar a indemnização deu entrada no Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel em 26 de abril, estando agora a correr os seus trâmites.

De acordo com o JN, durante três anos, uma jovem, de Recarei, Paredes, deu entrada 11 vezes no serviço de urgência do Hospital Padre Américo, em Penafiel, e que "em todas as ocasiões, os médicos apresentaram o mesmo diagnóstico: estado de ansiedade".

Sara Moreira, 19 anos, acabou por morrer, dois dias depois da última passagem pelo hospital. A autópsia revelou um tumor com 1,670 quilogramas alojado na cabeça.

"Apesar de a rapariga vomitar, ter perdas de consciência e não controlar a urina, nunca a submeteram a uma tomografia axial computorizada (TAC) ou ressonância magnética", acrescenta o JN.

Os pais de Sara Moreira alegam que houve negligência médica, numa ação administrativa para efetivação de responsabilidade civil extracontratual contra o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa.

JAP (PM/MLE) // JGJ

Lusa/Fim

+ notícias: Norte

“Fui ao mar buscar água para lavar a louça”. 14 pessoas vivem sem água e luz no parque de campismo de Cortegaça

Sem acesso a água potável e eletricidade. É assim que 14 pessoas ainda vivem no parque de campismo de Cortegaça, no concelho de Ovar. Dívidas contraídas pela anterior gestão da infraestrutura estão na origem de um problema cuja solução, mais de meio ano depois, poderá chegar já no final do mês de abril.

Homem desaparecido há mais de um mês encontrado morto em habitação devoluta em Braga

Um cadáver foi encontrado, na tarde desta quinta-feira, no interior de uma habitação devoluta na Rua Cidade do Porto, em Braga. 

Há 400 presépios para ver em Barcelos

Em Barcelos desde o início deste mês que estão em exposição em vários espaços mais de 400 presépios de artesãos do concelho. Uma óptima oportunidade para conhecer mais e melhor do artesanato barcelense.