Manifestantes contra cortes nos contratos de associação aguardam Costa em Santo Tirso
Porto Canal com Lusa
Centenas de professores, pais, funcionários e alunos de colégios privados estão concentrados em Santo Tirso aguardando a chegada do primeiro-ministro para inaugurar dois museus naquela cidade, manifestando-se contra cortes no financiamento por parte do Governo.
Com 't-shirts' amarelas vestidas onde se lê "Defesa da escola", os manifestantes fazem barulho com apitos, bombos e cornetas e mostram cartazes com 'slogans' como "Eu não sou um caso, sou uma causa", "Descartáveis são os governos! Não pessoas de carne, osso e alma" e "O Partido Socialista fecha escolas de qualidade".
Ana Fangueiro, do colégio Infante D. Henrique, em Braga, afirmou à agência Lusa que "a zona Norte é dizimada com o fim do financiamento de turmas com contrato de associação".
"É um sentimento de profunda injustiça. Isto é um combate ideológico sem história, esta escola tem um projeto há mais de três décadas e presta um excelente serviço às populações", disse.
Ana Paula Guimarães, funcionário num colégio em Riba d'Ave que não pode abrir turmas com contrato de associação no próximo ano letivo, considerou que o dinheiro das escolas públicas é de todos os contribuintes.
"O primeiro-ministro está no Governo pelos portugueses, por todos, não apenas pelos funcionários públicos", sustentou.
O Estado vai financiar 273 turmas em início do ciclo em colégios privados no próximo ano letivo, de acordo com um aviso de abertura de concurso para extensão dos contratos de associação em vigor publicado sexta-feira na página na Internet da Direção-Geral da Administração Escolar.
No presente ano letivo funcionam nas escolas privadas 656 turmas com contrato de associação.