PS acusa PSD e CDS de tentarem ignorar resultado do défice em 2015

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 03 mai (Lusa) - O porta-voz do PS, João Galamba, considerou hoje que a Comissão Europeia "confirmou" que o Governo anterior falhou a meta do défice em 2015 e acusou o PSD e CDS-PP de terem tentado ignorar esse dado.

João Galamba falava aos jornalistas após a divulgação das previsões da primavera da Comissão Europeia, depois de ter sido confrontado com as críticas do PSD e do CDS-PP sobre a falta de credibilidade das projeções macroeconómicas do atual Governo socialista.

O dirigente do PS começou por usar a ironia, dizendo que pensava que "hoje veria o PSD e o CDS-PP a comentar o facto de a Comissão ter divulgado o valor do défice em 2015, sem medidas extraordinárias".

"A meta de défice 2,7% do anterior Governo ficou em 3,2%", especificou o porta-voz da direção dos socialistas.

João Galamba assumiu que a Comissão Europeia tem previsões diferentes daquelas que foram formuladas pelo atual executivo.

"Mas, em relação ao anterior Governo, já não estamos a falar em previsões distintas. No ano passado, quando o anterior Governo apresentou o Programa de Estabilidade, a Comissão Europeia previu um défice de 3,2% e o executivo da altura estimou que ficasse em 2,7%. Hoje, já sabemos que quem tinha razão era a Comissão Europeia", apontou.

Já sobre o cenário de medidas adicionais orçamentais a tomar pelo atual Governo ainda este ano, o dirigente socialista voltou a recorrer a 2015 para reagir.

"Não me ocorre que nenhum responsável do PSD ou do CDS, durante o ano passado, falarem na necessidade de medidas adicionais. Como tal, não consigo compreender o tratamento diferenciado em relação a previsões distintas em 2015 - que, por acaso, se confirmaram - e previsões de 2016, que ainda não sabemos se vão confirmar-se", sustentou.

Em 2015, de acordo com João Galamba, "houve mesmo um falhanço rotundo das metas traçadas pelo anterior Governo, tal como aconteceu em todos os anos".

"E se ninguém do PSD e do CDS defendeu a necessidade de medidas adicionais no ano passado, sinceramente não consigo perceber em que fundamentam essa sua atual exigência", acrescentou.

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