Profissionais das forças de segurança vão a São Bento entregar moção de protesto
Porto Canal / Agências
Lisboa, 29 mai (Lusa) -- Profissionais das forças e serviços de segurança decidiram hoje iniciar um percurso, às 18:00, entre a Voz do Operário e a residência oficial do primeiro-ministro, para entregarem uma moção de protesto às medidas de austeridade anunciadas para o setor.
Organizado pela Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança (CCP), a caminhada entre a zona da Graça e São Bento, foi antecedida do encontro nacional no qual se tomou a decisão de entregar a moção ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
Os cerca de 500 profissionais das forças e serviços de segurança presentes no encontro, quiseram acompanhar a delegação da CCP que ia entregar o documento a São Bento.
O secretário-nacional da CCP, Paulo Rodrigues, disse aos jornalistas que "não se trata de uma manifestação, nem de um desfile", uma vez que estes profissionais não dizem palavras de ordem, nem exibem cartazes ou outros dísticos.
A meio do percurso, porém, começaram a ser ouvidos assobios e algumas palavras de protesto.
No encontro nacional foi ainda aprovada a realização de uma semana de luta que deverá realizar-se no início de setembro, em que cada estrutura sindical vai organizar o seu próprio protesto.
A CCP congrega as estruturas sindicais mais representativos da GNR, PSP, ASAE, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Guarda Prisional e Polícia Marítima.
O encontro de hoje contou com a participação de sindicatos da PSP e associações da GNR, que não integram a CCP.
"Apesar de a iniciativa ser organizada pela CCP, o convite foi extensivo a todas as organizações sindicais, porque neste momento as medidas que estão a ser anunciadas pelo Governo vão prejudicar todo o setor da segurança. Por isso, tem de haver uma união na defesa dos diretos dos vários profissionais, mas também na defesa da segurança pública", adiantou o secretário nacional da CCP, Paulo Rodrigues.
O aumento da idade da pré-reforma dos polícias, a subida das contribuições para os subsistemas de saúde, o aumento do horário de trabalho da função pública das 35 para as 40 horas semanais, e alterações ao modelo de atribuição dos suplementos são algumas das medidas de austeridade contestadas pelas associações de profissionais.
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