Lisboa, 03 dez (Lusa) - O ministro da Segurança Social afirmou hoje que o Governo vai "trabalhar para devolver a tranquilidade aos atuais pensionistas", reiterando que "não haverá cortes" nas pensões e prometendo uma "gestão prudente mas reformista dos sistemas de proteção social".

O governante falava durante o debate do programa do Governo do PS, que prossegue hoje no plenário da Assembleia da República, no decorrer do qual sublinhou que "a sustentabilidade das políticas sociais tem de ser financeira, mas não será se não for igualmente económica e social".

Vieira da Silva disse que o Governo vai "trabalhar para devolver a tranquilidade aos atuais pensionistas, garantindo que não haverá cortes nas pensões e que haverá uma renovação anual" destas prestações sociais.

O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social disse ainda que o Governo pretende combater a precariedade laboral, que "cria insegurança nos rendimentos das famílias e novos riscos", acrescentando que "um em cada 10 trabalhadores vive em risco de pobreza" e que "um quarto dos jovens até aos 17 anos vive em risco de pobreza".

Vieira da Silva referiu que "será negociado, em concertação social, um aumento do salário mínimo nacional e o complemento salarial para que o trabalho deixe de conviver com o risco de pobreza".

O governante afirmou que "este Governo nasce de uma cultura de diálogo, mas traz também consigo um histórico de concertação que não receia comparações com ninguém", sublinhando que "o primeiro desígnio do Governo é o objetivo do trabalho digno".

Numa intervenção em que falou várias vezes de confiança e de diálogo social, Vieira da Silva defendeu que esta confiança "pressupõe serviços públicos de qualidade e acessíveis a todos, serviços públicos modernos, mais simples e eficazes, próximos dos cidadãos".

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