Aveiro "bem posicionada" receber produção de bombas de calor da Bosch
Porto Canal / Agências
Aveiro, 28 mai (Lusa) - O administrador-delegado da Bosch Termotecnologia, João Paulo Oliveira, anunciou hoje que a unidade de Aveiro "está bem posicionada" para receber a produção bombas de calor para sistemas de aquecimento.
Em causa está um projeto do grupo alemão para a produção de bombas de calor "de alta eficiência e alta rentabilidade" para sistemas de aquecimento central.
"Estamos a competir internamente com outras fábricas do grupo. É um produto essencialmente destinado para o centro da Europa e nós estamos muito bem colocados para o trazer para Portugal, que deverá atingir no terceiro ano os 50 milhões de euros de exportação e criar emprego adicional para 50 a 70 pessoas", disse.
Oliveira falava nas comemorações dos 20 anos da fundação do Centro de Investigação e Desenvolvimento na Bosch Termotecnologia, SA, em Aveiro.
De acordo com o administrador-delegado da Bosch Termotecnologia, o investimento que o grupo terá de fazer em Aveiro "não é muito elevado" porque a maior parte já foi feito, desde que a unidade de Aveiro passou a produzir bombas de calor para produção de água quente.
Vocacionada desde a sua fundação para a produção de esquentadores a gás, a fábrica de Aveiro decidiu, em 2009, adquirir competências também no negócio do aquecimento de água elétrico, tendo iniciado em 2011 a produção de módulos de bombas de calor com especificações únicas.
Do Centro de Investigação e Desenvolvimento na Bosch Termotecnologia, SA, em Aveiro, saíram já vários produtos inovadores para o mercado mundial, como o primeiro esquentador com ignição automática a baterias e o primeiro esquentador de água elétrico baseado na tecnologia de bombas de calor.
A Bosch intensificou as suas atividades de investigação e desenvolvimento em Portugal nos últimos anos, com Aveiro a ganhar destaque como local de produção para termotecnologia.
Em 2012, a Bosch Termotecnologia, SA, gerou vendas de 205 milhões de euros e contava com cerca de 870 colaboradores, dos quais cerca de 60 engenheiros no departamento de Investigação e Desenvolvimento.
Com cerca de 65% das vendas resultantes de produtos exportados para o mercado Europeu, a empresa tem apostado também no mercado africano, que já contribui para cerca de 15% das vendas totais e que pretende reforçar.
Para João Paulo Oliveira, "a Investigação e Desenvolvimento permitiu que a empresa se destacasse, competindo em mercados mundiais", salientando a relação estreita com várias Universidades e institutos técnicos.
Na celebração dos 20 anos do seu Centro de Investigação e Desenvolvimento, a Bosch Terrmotecnologia formalizou novos protocolos com as Universidades de Aveiro, Minho e Porto, em cerimónia que contou com a presença de Franquelim Alves, secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação e de Mira Amaral, ex-ministro da Indústria.
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