Austeridade: Primeiro-ministro fez "declaração de guerra" - sindicato dos impostos
Porto Canal / Agências
Lisboa, 06 abr (Lusa) - O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) classificou hoje como uma "declaração de guerra" as medidas de austeridade anunciadas na sexta-feira pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
"Depois da declaração de guerra que o primeiro-ministro dirigiu a todos os funcionários públicos e pensionistas de Portugal, seria absurdo continuar a ignorar a agressão contínua a que temos estado sujeitos por este Governo", lê-se num comunicado da direção nacional do STI, hoje divulgado.
Numa declaração ao país na sexta-feira, Pedro Passos Coelho anunciou medidas para poupar 4,8 mil milhões de euros nas despesas do Estado até 2015, incluindo o aumento do horário de trabalho da função pública das 35 para as 40 horas, a redução de 30 mil funcionários públicos, o aumento da idade da reforma para os 66 anos de idade e a criação de uma contribuição sobre as pensões.
O STI afirma que "chegou o momento" de abandonar a sua "atitude expectante e de abertura" e de a substituir por uma atitude de "repúdio e concertação social, política e sindical mais alargada que conduza à demissão imediata" do Governo.
O sindicato anuncia ainda, naquele comunicado, que a direção nacional vai reunir-se esta semana para "marcar uma posição formal" e tomar uma decisão sobre a melhor forma de reagir ao anúncio do pacote de medidas na sexta-feira.
Em declarações à Lusa, o presidente do STI, Paulo Ralha, escusou-se a adiantar que formas de luta estão a ser ponderadas, explicando que esta é uma decisão a tomar em reunião da direção nacional do sindicato.
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