Conselho de Escolas critica prazos mas defende redistribuição de excedentários
Porto Canal / Agências
Porto, 09 ago (Lusa) -- O presidente do Conselho de Escolas, Manuel Esperança, criticou hoje o prazo dado pelo Ministério da Educação para a redistribuição de funcionários não letivos entre estabelecimentos de ensino, mas considerou indispensável avançar com a medida.
"O prazo devia ser alargado até setembro, era fundamental. Se é para produzir efeitos no próximo ano letivo, estão dentro dos prazos, mas não concordo que as coisas sejam feitas num prazo tão curto", disse à Lusa Manuel Esperança, comentando a decisão do Ministério da Educação de pedir às direções escolares que indiquem, até dia 16, os funcionários excedentários para recolocação até ao início do ano letivo.
O responsável alertou ser necessário avançar com a medida, transferindo "pessoas a mais" em determinadas escolas para outras que têm vivido de "contratos com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP)".
"Não podemos continuar, em escolas que não agruparam, em escolas que já têm muitos anos, como as antigas escolas industriais, com muito pessoal e poucos alunos. Essas coisas têm de ser mexidas", alertou.
Revelando que "muitas escolas e agrupamentos" vivem de "muitos contratos com o IEFP", Manuel Esperança defendeu que os funcionários "devem poder ser deslocados".
"Antes de entrarmos com exigências da troika devíamos ter pensado nisso, na deslocação de determinadas pessoas que estão a mais nas escolas. Acho que não há que haver receios de fazer essas coisas, temos de rentabilizar os recursos humanos que temos, são tão poucos", defendeu.
A edição de hoje do Jornal de Notícias avança que "Crato manda escolas dispensar funcionários" e que o ministério da Educação "intima diretores a entregar lista de pessoal excedentário para ser colocado na mobilidade".
Citando o gabinete de imprensa do ministro, o diário explica que "caso os haja a mais, os funcionários podem voluntariamente optar por outras escolas até 30 quilómetros"
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