José Soeiro, candidato do Bloco de Esquerda à Câmara do Porto, em entrevista ao Porto Canal afirmou-se como o candidato dos activismos assentes no povo. Critico da governação de Rui Rio e critico da esquerda portuense que não faz oposição à Câmara Municipal do Porto, o bloquista afirma que o Porto tem que ter voz no país.

Descontraído e convicto do discurso, José Soeiro afirma que a candidatura do Bloco de Esquerda ao Porto é uma candidatura que tem assente uma "relação de cumplicidade" com os portuenses e quer dar voz aos cidadãos do Porto. Candidatura essa que o candidato afirma ser preenchida por "activistas" que se preocupam com a cidade.

Rui Rio foi alvo de criticas do bloquista que o considera culpado pelo "empobrecimento e fuga de pessoas" do centro da cidade. Também no caso das "swaps" da Metro do Porto, Rui Rio foi apontado como um dos "responsáveis" na derrapagem de milhões de euros, Soeiro salientou a "falta de rigor" no processo.

Quanto à esquerda partidária, uma convergência de esquerda para o Porto é o que José Soeiro defende mas não com coligações "feitas à pressa" como foi falada com o PS, coligação que nem espaço para discutir projectos teria. O bloquista afirma que o seu público alvo não é o eleitorado socialista mas "toda gente". Rompendo as ligações à esquerda, Soeiro afirma que "não houve" oposição de esquerda na assembleia da Câmara do Porto.

Um tema que não ficou de parte foi o do mercado do Bolhão, José Soeiro afirmou que "não há vontade" política para reabilitar o Bolhão e que projectos "não faltam" para o fazer. Sobre a recente demolição da torre do bairro do Aleixo, Soeiro considera que "demolir não é reabilitar" e intitulou de "negócio sujo" com uma "jogada imobiliária" de milhões de euros.