Paredes, 23 mai (Lusa) - A Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) confirmou hoje que o custo anual daqueles serviços, em Paredes, cresceu 58,76 euros, em três anos, situação que fora negada, na quarta-feira, pela câmara.

Em comunicado, o regulador confirma todos os dados revelados, na terça-feira, pela Agência Lusa, que apontavam para um encargo anual da fatura de água, saneamento e resíduos, em Paredes, no ano de 2009, de 170,64 euros, e de 229,40, em 2012, perfazendo um aumento de 34,4%.

Este aumento foi o mais elevado verificado, naquele período, no conjunto dos municípios do Vale do Sousa.

Segundo o ERSAR, aqueles dados tiveram "por base os dados enviados pelas respetivas entidades gestoras", com base num consumo de cinco metros cúbicos mensais.

De acordo com o regulador do setor, "o acréscimo verificado no total dos encargos [em Paredes] resulta essencialmente de ter sido refletido no tarifário aplicado em 2012, pela primeira vez, o custo do saneamento em alta decorrente da adesão, em novembro de 2010, do município de Paredes ao sistema multimunicipal da SIMDOURO".

Sobre os dados divulgados pela LUSA e hoje confirmados pelo regulador do setor, que apontavam para o aumento do tarifário, a autarquia de Paredes considerara, em comunicado, terem assentado, "numa premissa errada, especulativa e enganadora".

O município admitira como corretos os dados relativos a 2012, mas sublinhara que, em 2009, não era cobrada qualquer verba aos residentes pelo serviço de saneamento.

Contudo, o ERSAR confirma hoje que, em 2009, a autarquia cobrava 41,16 euros por ano aos munícipes abrangidos pelo serviço de saneamento.

No comunicado daquela entidade, salienta-se que "a informação prestada deve ser entendida como aplicável à população que efetivamente é servida pelos serviços".

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