Estaleiros: União de Sindicatos satisfeita com primeira construção em sete meses

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Porto Canal / Agências

Viana do Castelo, 17 dez (Lusa) - O coordenador da União de Sindicatos de Viana do Castelo (USVC) reagiu hoje com "grande satisfação" ao anúncio da primeira construção de um navio nos estaleiros da cidade após a subconcessão ao grupo West Sea, consumada em maio.

"É com grande satisfação que vemos este primeiro anúncio (...). É o primeiro passo de muitos e de muitas outras construções de vários tipos de navios que os estaleiros têm condições para vir a desenvolver", afirmou Branco Viana, em declarações à agência Lusa.

A reação do coordenador da USVC surge na sequência do anúncio, hoje, pela subconcessionária dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) da construção de um navio-hotel para a Douro Azul.

De acordo com fonte daquela empresa, o contrato de construção vai ser assinado na sexta-feira, às 15:00, pelos presidentes dos grupos Douro Azul e a West Sea, empresa criada pela Martifer para gerir a subconcessão dos terrenos e infraestruturas dos ENVC.

Para Branco Viana, trata-se de "um dado positivo não só para a nossa região como para a economia nacional porque é sinal que a construção naval vai continuar em Portugal".

O sindicalista adiantou ser "preciso cativar mais investimentos e contratos no exterior", com vista "à construção de outros tipos de navios", incluindo os previstos no programa de reequipamento da Marinha, suspenso pelo Governo desde 2012.

Apesar de admitir que o objetivo da luta pela manutenção da empresa pública ENVC falhou, Branco Viana afirmou que "a batalha em defesa da construção naval na cidade" vingou.

"Contrariamente a muitas pessoas responsáveis, que diziam que não adiantava agora desenterrar algumas coisas, que não acreditavam, nós sempre acreditámos que era possível continuar a construir navios em Portugal e, neste caso concreto, em Viana do Castelo", sublinhou.

O novo barco-hotel Viking Osfrid vai reforçar a frota da Douro Azul e irá operar no rio Douro para empresa norte-americana Viking River Cruises.

Questionada pela Lusa, fonte da West Sea remeteu para sexta-feira todos os esclarecimentos sobre o montante do investimento e o prazo de construção daquela embarcação.

Desde 02 de maio, altura em que assumiu a subconcessão dos ENVC a West Sea já contratou 130 trabalhadores, a "maioria", antigos funcionários daquela empresa pública.

Na carteira de encomendas a empresa conta, até agora, com 22 reparações e reconversões de navios oriundos de todo o mundo.

Esta semana, a Douro Azul anunciou estar a equacionar a venda do 'ferryboat' Atlântida, tendo parado as obras de reconversão do navio para cruzeiros de luxo que deveriam decorrer nos estaleiros da West Sea, num investimento de seis milhões de euros.

A intervenção agora travada deveria estar concluída em outubro de 2015, mês em que a Douro Azul anunciou a partida do navio para o Brasil, onde teria a sua primeira viagem comercial agendada para 02 de janeiro de 2016.

O navio foi comprado em setembro passado, através de concurso público internacional, pela Mystic Cruises, do grupo Douro Azul (cruzeiros turísticos) por 8,75 milhões de euros.

O "Atlântida" foi encomendado pelo Governo dos Açores, que depois o rejeitaria em 2009 devido a um nó de diferença na velocidade máxima contratada.

ABYC // JGJ

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