Presidente da CIP diz que desemprego "começa a ser um grave problema"

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 09 mai (Lusa) -- António Saraiva, presidente da CIP, sublinhou hoje que o desemprego "começa a ser um grave problema que a sociedade portuguesa tem", e que as empresas têm que estar "dotadas dos mecanismos" adequados para o combater.

O líder da Confederação Empresarial de Portugal criticou os atrasos do Governo na implementação de políticas que permitam a criação de emprego, recordando que a CIP assinou no início de 2012 com o Ministério da Economia "um acordo onde muitas das matérias que agora são apresentadas na estratégia para o fomento industrial já estavam contidas".

"Passou ano e meio e algumas medidas ainda estão por implementar", disse, à margem de uma conferência organizada pela CIP para debater a "Economia Portuguesa - Competitividade e Crescimento".

"Disse e repito ao senhor ministro da Economia que, ao invés de me fazerem vinte boas promessas, executem três ou quatro boas medidas", declarou o responsável.

Para Saraiva, as empresas devem ser "dotadas de mecanismos que permitam desenvolvimento, a promoção do investimento, o financiamento, o licenciamento".

"Há aqui um conjunto de matérias que, interligadas, dão um ambiente mais favorável ao desenvolvimento das atividades económicas", disse António Saraiva.

A taxa de desemprego subiu em Portugal para os 17,7% no primeiro trimestre, face aos 16,9% observados no trimestre anterior, com o número de desempregados em Portugal a ultrapassar os 950 mil, divulgou hoje o INE.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego aumentou, assim, em termos trimestrais 0,8 pontos percentuais e 2,8 pontos percentuais face ao período homólogo.

Entre janeiro e março, o INE contabilizou 952,2 mil desempregados, o que representa um acréscimo trimestral de 3,1% (mais 29 mil pessoas) e homólogo de 16,2% (mais 132,9 mil pessoas).

Os números observados no final do primeiro trimestre atingem níveis absolutamente históricos, num contexto de subidas da taxa de desemprego em Portugal desde o segundo trimestre de 2008, altura em que se situava nos 7,3%, o equivalente a 409,9 mil desempregados.

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