Brasil e Angola constituem prioridade para o Porto de Leixões

Brasil e Angola constituem prioridade para o Porto de Leixões
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Porto Canal

O Atlântico Sul é "uma prioridade" para o Porto de Leixões, porta de saída da maior parte das exportações de Portugal para Angola, disse hoje à Lusa o presidente da Comunidade Portuária de Leixões.

Jaime Vieira dos Santos, que falava à margem da sessão de apresentação do Porto de Leixões, salientou que a "ambição" da instituição a que preside é ser a primeira infraestrutura portuária portuguesa e destacou o facto de ser daquelas instalações, situadas no norte de Portugal, que saíram em 2012 mais de um milhão de mercadorias para Angola.

"Temos a ambição de estar no pelotão da frente e, se possível ser o primeiro, como é óbvio. Agora, temos outras preocupações: queremos que o mercado que utiliza o Porto de Leixões conheça o porto de Leixões e tenha confiança nesta estrutura", acrescentou.

Presente pela primeira vez na Feira Internacional de Luanda, Jaime Vieira dos Santos disse que veio a Angola "promover" o porto, tendo apresentado a infraestrutura portuária e respetivas valências, na qual estiveram presentes empresários e gestores de entidades ligadas ao comércio externo de Angola.

"É fundamental que os carregadores saibam que têm uma estrutura fiável, que garante a qualidade do serviço, que garante a proteção das suas cargas", acrescentou.

Leixões é o principal porto português exportador para Angola e em 2012 foram transacionadas mais de 1 milhão de mercadorias entre Leixões e os portos angolanos, com destaque para o ferro e aço, máquinas e aparelhos, azulejos e mosaicos, produtos alimentares, entre outras.

Representando 25 por cento do comércio externo português por via marítima, o Porto de Leixões olha para o Atlântico Sul como uma prioridade.

"Desde logo porque em ambas as margens do Atlântico Sul há dois grandes países lusófonos, Brasil e Angola, com quem existe relações comerciais, políticas e de afetos muito grandes. E nós queremos estar na linha da frente das trocas comerciais com estes países", afirmou.

Instado a comentar se a atual crise política em Portugal pode afetar as exportações portuguesas, Jaime Vieira dos Santos concordou que "crises políticas podem trazer problemas à economia e problemas na economia trazem problemas aos portos".

"Nós lidamos com a economia. Se a economia for afetada pela realidade política, obviamente que nós também seremos afetados. Não vale a pena fugir a essa realidade", declarou.

Todavia, ressalvou o facto de apesar da crise que paira sobre Portugal e, frisou, "nos últimos dois, três anos na Europa" nunca o Porto de Leixões "viu passar tanta carga para tantos destinos".

"Isso significa que os nossos exportadores tiveram a capacidade de reagir às dificuldades, abrindo novas portas, novos mercados. Hoje estamos a enviar carga para 180 países. É o mundo. Estamos a conseguir, também neste aspeto, ser muito positivos, mas temos que ser conscientes: crises políticas podem trazer problemas à economia e problemas na economia trazem problemas aos portos", concluiu.

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