Estratégias regionais para fundos 2014-2020 prontas em setembro - CCDR-N
Porto Canal / Agências
Porto, 15 jul (Lusa) -- As estratégias regionais a serem inscritas no próximo ciclo de fundos comunitários, mais reduzido do que o anterior, deverão estar prontas até setembro, avançou hoje o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
"Há uma 'deadline' que foi estabelecida pelo Governo e que é setembro. O Governo tem definido que até ao final de setembro terá de ter todas as estratégias regionais inscritas naquilo que é o acordo de parceria -- contrato que Portugal irá negociar com a Comissão Europeia -- para todo o envelope do próximo ciclo de fundos comunitários", afirmou o presidente interino da CCDR-N.
Carlos Neves, que falava à margem de uma conferência do programa Norte 2020 sobre ativos do território e turismo no novo ciclo de apoios comunitários, explicou ainda que "os fundos públicos, quer de natureza nacional como de natureza comunitária, vão ser reduzidos, até porque o orçamento comunitário sofreu uma redução significativa".
O processo de definição da estratégia regional do Norte está neste momento "numa fase de aceleração", após um "processo muito forte de auscultação [que] ainda não está completamente terminado".
"Muitos desses critérios estão definidos pela própria estratégia Europa 2020 e por aquilo que são os condicionalismos da regulamentação europeia e desse ponto de vista a nossa margem é muito mais estreita, sob pena de ficarmos de fora", explanou Carlos Neves.
Quanto ao setor do turismo, o presidente interino salientou que a CCDR-N foi mandatada pelo Governo para definir uma única estratégia regional, "em articulação com todos os atores da região".
"Temos menos dinheiro para distribuir por mais parceiros, o que significa menos dinheiro para Portugal e para a região do Norte. Ou seja, temos que ser muito mais racionais, mais focados, mais sistémicos e muito mais orientados àquilo que são as verdadeiras prioridades e não vontades diversas" na área do turismo, explicitou.
A finalidade é ter um "turismo que enderece muito mais a procura e menos a oferta, isto é, um turismo que esteja muito mais preocupado com os mercados emissores, onde estão os turistas".
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