Empresários do turismo rejeitam botões de pânico no norte de Portugal

| Economia
Porto Canal / Agências

Porto, 15 jun (Lusa) -- A Associação Portuguesa de Hotelaria Restauração e Turismo (APHORT) repudiou hoje a intenção do Turismo do Porto e Norte de Portugal em querer avançar com a campanha do "botão de pânico" em vários locais do norte de Portugal.

Em entrevista à Lusa, o presidente da APHORT, Rodrigo Pinto Barros, diz que os empresários do setor foram "surpreendidos" com a campanha dos botões de pânico a instalar na região norte de Portugal e estão "completamente contra".

"É uma iniciativa completamente descabida para o setor e para o próprio país. Deixa-nos bastante preocupados", assume o presidente da APHORT, classificando a campanha como uma "péssima promoção no estrangeiro" e que "pode levar as pessoas a não virem para Portugal".

A APHORT já solicitou ao Ministro da Administração Interna que se demarque desta ação, que considera "nociva" para a imagem externa da região.

"Lamentando a falta de sensibilidade e de sensatez dos responsáveis pelo turismo da região, a APHORT já solicitou ao Ministro da Administração Interna que se demarque desta ação nociva para a imagem externa da região", refere um comunicado enviado hoje à comunicação social.

Para a APHORT, o Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) está a transmitir aos turistas, com esta com esta campanha do botão de pânico, a mensagem de que o "Governo já não é capaz de garantir a segurança de pessoas e bens e a passar um atestado de incompetência às várias forças policiais existentes. Por outro lado, num mundo em que as comunicações e o acesso à internet e a todo o tipo de informação estão praticamente generalizados, o "botão de pânico" revela-se uma ideia despropositada e de eficácia diminuta, executada à custa dos contribuintes".

"É com incredulidade e total repúdio que a APHORT vê a mais recente iniciativa apresentada pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal: a implementação de "botões de pânico" por toda a região, no exterior das suas lojas e postos de turismo", lê-se num comunicado enviado à comunicação social com o título: "Empresários "em pânico com campanha de anti-promoção externa do turismo do porto e norte".

Em junho transato, o TPNP anunciou que ia implementar no exterior das 53 suas lojas e postos de turismo, um "botão de pânico" com o objetivo de reforçar a segurança para turistas nacionais e estrangeiros.

O sistema foi apresentado em junho, na loja do Aeroporto Francisco Sá Carneiro (Porto), com a presença do secretário de Estado da Administração Interna.

A nota de imprensa da APHORT acrescenta, em tom de ironia, que os empresários solicitaram ainda ao secretário de Estado do Turismo, a instalação naquele departamento governamental, de um "botão de pânico" que possa ser usado quando uma iniciativa de anti-promoção, como esta, seja lançada por qualquer presidente de uma entidade regional de turismo".

CCM (PLI) // JGJ

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