IGCP quer colocar 8.000 ME de dívida até final do ano e admite mais trocas de dívida
Porto Canal / Agências
Lisboa, 11 jul (Lusa) -- O Tesouro Português quer colocar até 8.000 milhões de euros em dívida de curto prazo no segundo semestre, com a primeira emissão a realizar-se na próxima quarta-feira, admitindo mais operações de troca de dívida e emissão de dívida de médio/longo prazo.
Segundo o calendário indicativo hoje divulgado pelo IGCP - Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, os dois primeiros leilões a realizar no segundo semestre deste ano acontecem já a 17 de julho, com a emissão de Bilhetes do Tesouro (BT) com maturidades a cinco e a 12 meses.
Além desta operação, no segundo semestre, o IGCP vai lançar mais cinco leilões de Bilhetes do Tesouro (colocando novas linhas e reabrindo outras), havendo dois leilões com prazo a 18 meses (a maturidade mais longa dos BT), que acontecerão em setembro e dezembro.
No total, no segundo semestre, Portugal espera colocar entre 6.500 e 8.000 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro.
No texto que acompanha o plano de financiamento, hoje conhecido, o IGCP irá ainda explorar uma operação de troca de dívida, tal como a feita em outubro de 2012.
O Tesouro não inscreve no calendário de financiamento para a segunda metade do ano uma data para emitir Obrigações do Tesouro, mas diz que, se consoante as condições de mercado o permitirem, irá emitir esta dívida de médio longo prazo.
O objetivo, diz, é normalizar o funcionamento do mercado secundário através da emissão regular de obrigações e assim reconstruir a chamada curva de rendimentos, uma das exigências do Banco Central Europeu (BCE) para poder aceder ao programa de compra de dívida pública no mercado secundário, o OMT (Transações Monetárias Definitivas na tradução em português).
O instituto liderado por Moreira Rato diz ainda que o atual plano cobre as necessidades de financiamento para 2013 e que já começou, no segundo trimestre, a financiar-se para 2014.
Na Estratégia de Financiamento para 2013, o IGCP refere que espera uma contribuição positiva do aumento da oferta de produtos de retalho e que o "financiamento líquido resultante da emissão de Bilhetes do Tesouro deve ser positivo em 2,2 mil milhões de euros".
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