Município de Pequim quer "usar Macau como plataforma" para os países lusófonos
Porto Canal / Agências
Pequim, 11 jul (Lusa) - O município de Pequim quer "usar Macau como plataforma para ampliar a sua influência nos países de língua portuguesa", disse o presidente do governo da capital chinesa, Wang Anshun, citado hoje pelo jornal China Daily.
Em 2012, o comércio entre Pequim e Macau aumentou 22 %, para 350 milhões de dólares (266,4 milhões de euros) e, segundo Wang Anshun, o seu município - com uma área idêntica a metade da Bélgica e 20 milhões de habitantes - quer "alargar a cooperação económica" com aquela Região Administrativa Especial, indicou o jornal.
Óleo refinado e telemóveis são as principais exportações de Pequim para Macau, que no conjunto somaram 348 milhões de dólares (264,9 milhões de euros).
No segundo Simpósio de Cooperação e Intercâmbio Pequim-Macau, realizado na quarta-feira no território governado outrora por Portugal, Wang Anshun manifestou-se explicitamente interessado nas áreas do turismo e das "indústrias criativas e culturais", noticiou o China Daily.
A ligação à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa "é uma grande vantagem de Macau" e permite ao território "servir de plataforma para um mercado com quase 300 milhões de pessoas", realçou o presidente do Instituto de Promoção do Comércio e Investimento de Macau, Jackson Chang, citado também pelo jornal.
Pequim é um dos quatro municípios chineses diretamente dependentes do governo central chinês, gozando de um estatuto igual ao de uma província, e Macau, integrado na República Popular da China em 20 dezembro de 1999, é uma Região Administrativa Especial, com moeda própria, a pataca, e "alto grau de autonomia".
O valor do Produto Interno Bruto per capita em Macau atingiu os 76.588 dólares (58.301 euros) em 2012, cinco vezes mais do que em Pequim, refere o China Daily.
AC // PNE.
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